Impossível não comentar a infeliz história que o goiano Dhomini relatou nesta sexta-feira (18).
É infeliz de qualquer forma. Lógico que, em se tratando de um fato verídico, demonstra o caráter de uma pessoa abominável. E se for um "causo" para impressionar alguém, que tipo de impressão essa pessoa quer passar?
E quem ficaria "bem impressionado" com uma atitude dessas? Somente alguém tão abominável quanto o autor do feito.
Mesmo que tenha sido apenas para "aparecer", o veterano escolheu a pior forma para tal: contar que em sã consciência, apesar dos apelos dos que estavam por perto para que não o fizesse, lesou um cão de maneira tão grotesca --arrancando-lhe os dentes com um machado! Isto em rede nacional com requintes de deboche, foi no mínimo de extremo mau gosto --para não dizer coisa pior.
"Legítima defesa", teriam alegado alguns defensores do vencedor do "BBB3". Ora, convenhamos! Que falta de argumento para defender um ato tão vil e covarde. O animal "cão" age apenas por instinto.
O animal "homem" deveria agir também com a razão, se é que tem acesso à alguma. Mas isso é tão irrelevante frente à proporção da coisa toda.
E pensar que no mesmo momento em que São Paulo comemora a inauguração da primeira "delegacia do animal" oficial da cidade, que aliás, deveria haver há muito em todo o país (certamente deve haver mais lugares em que já se presta esse serviço), o participante de um programa de enorme popularidade faz menção a uma "história" (torcemos que seja) de tamanha barbárie: é, decididamente, de uma infelicidade incomensurável.
Pobres animais que dependem de nós humanos!
Ainda temos muito o que aprender com eles.
Há muitos anos, numa série de televisão chamada "Além da Imaginação", ouvi uma frase de um "extraterrestre" que comentou, ao perceber a violência humana na Terra: "a sua ignorância me entristece e me revolta". Lembrei dela ontem ao ouvir o "causo" de Dhomini.
Nenhum comentário:
Postar um comentário