A Comissão Nacional da Verdade esclareceu a morte do ex-deputado - ele foi assassinado por três militares no DOI-Codi do Rio de Janeiro
O ex-deputado Rubens Paiva, desaparecido durante a ditadura militar, foi torturado e assassinado por três agentes do Exército no DOI-Codi do Rio de Janeiro, afirmou na terça-feira o coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Cláudio Fonteles, em Brasília. Um dos militares já estaria morto, e os outros dois devem depor à comissão, segundo o jornal O Estado de S. Paulo. "Temos pistas concretas e estamos muito perto de chegar aos membros da equipe assassina, todos do Exército", disse Fonteles, que acrescentou que a identificação dos agentes "está praticamente concluída".
"Nos termos da lei, eles têm que ir e têm que falar", disse o coordenador da CNV - "podem até mentir, mas aí será outro crime". De acordo com Fonteles, os dois militares não podem se recusar a depor porque não são réus em um processo judicial - condição que lhes daria direito ao silêncio para não produzirem provas contra eles mesmos. O coordenador da CNV fez as declarações durante uma cerimônia de homenagem aos trabalhos da comissão no Ministério da Educação. Afilha do deputado, a psicóloga Vera Paiva, participou do evento, além de ex-militantes estudantis que conviveram com Rubens Paiva, como o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário