quarta-feira, 13 de março de 2013

Antes de matar professora, suspeito compartilhou homenagem no Facebook

O estudante Thomas Haraguti, 33 anos, que assassinou a professora Simone de Lima a facadas dentro da Escola Estadual Professor Joaquim de Toledo Camargo, em Itirapina, na noite de segunda-feira, compartilhou 15 dias antes do crime em sua página no Facebook uma mensagem que fala sobre a importância social dos professores.

Dias antes de matar professora, o principal suspeito do crime compartilhou em sua página no Facebook uma mensagem que fala sobre a importância dos educadores Foto: Reprodução
"No Japão o único profissional que não precisa se curvar diante do imperador é o professor, pois, segundo os japoneses, numa terra em que não há professores não pode haver imperador”, diz a mensagem compartilhada pelo suspeito. Ele ainda fez um comentário sobre o tema.

“Bom sabe (sic)”, escreveu Haraguti. Segundo o tenente Ademar Gregolim Júnior, comandante de policiamento do município que fica a 190 quilômetros de São Paulo, tudo indica que o motivo do crime foi passional. "O autor teria uma paixão avassaladora por essa professora, e ela não teria sentimento por ele", disse o tenente Gregolim. "E aí (o estudante) ficou frustrado e teria cometido esse crime", afirmou.

Thomas Haraguti, que era aluno de uma turma de Educação de Jovens e Adultos (EJA), foi preso por volta das 3h desta terça-feira, enquanto caminhava às margens da rodovia Ayrton Senna. De acordo com o comandante da PM de Itirapina, o suspeito disse aos policiais que o prenderam que sentia uma "raiva insuportável" da professora. O estudante teria sido alvo de provocações de colegas devido à paixão por Simone de Lima. De acordo com a Polícia Militar, ele entrou na escola na noite de segunda-feira vestido de preto e carregando duas mochilas, foi até a sala dos professores onde Simone estava e a atacou com sete facadas. Duas pessoas que estavam na sala com ela não conseguiram deter o agressor, que fugiu em seguida. O suspeito prestou depoimento da Delegacia de Polícia do município durante a manhã. Após o interrogatório, ele foi levado à cadeia de Rio Claro, a 40 quilômetros de Itirapina.

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