sexta-feira, 7 de março de 2014

O velho e o novo se juntam no trailer de Sin City: A Dama Fatal

Nove anos separam este Sin City: A Dama Fatal da primeira incursão de Robert Rodriguez ao mundo sórdido de ladrões, gângsters, assassinos e prostitutas criado nas histórias em quadrinhos de Frank Miller. Nesse período, Rodriguez foi brincar com seu Machete e Miller ensaiou uma estréia solo na direção com o nada visto (e muito criticado) The Spirit, além de publicar a HQ Holy Terror. O estilo de filmar usando cenários digitais foi refinado por Zack Snyder com 300 (também uma adaptação de um gibi de Miller) e por James Cameron em Avatar. A Dama Fatal surge como uma volta ao passado, com veteranos dividindo a cena com novos jogadores. O novo filme, também com direção compartilhada por Robert Rodriguez e Frank Miler, adapta duas tramas das HQs – “A Dama Fatal”, ou “A Dame To Kill For” no original, e “Just Another Saturday Night” – e traz outro par de histórias inéditas. Numa delas, a stripper Nancy (Jessica Alba) foge de capangas do senador Roarke (Powers Boothe).

Na outra, “The Long, Bad Night”, o protagonista é um jogador arrogante (Joseph Gordon-Levitt) que se envolve com o vilão mais cruel de Sin City e, claro, se dá muito mal. Assim como nos quadrinhos, não existe uma preocupação cronológica nos contos apresentados no filme. Por isso não é espanto Dwight, que no primeiro filme tinha a cara de Clive Owen, surgir aqui como Josh Brolin, antes dos incidentes de “A Grande Matança”, episódio do filme de 2005. É ele o protagonista de A Dama Fatal, que calha de ser a única mulher que Dwight amou de verdade, e que agora promove uma caçada impiedosa contra ele. Eva Green defende a personagem. Embora o visual estiloso seja o mesmo do filme original, A Dama Fatal é beneficiado por nove anos de evolução tecnológica, que dá à aventura um acabamento mais “limpinho”, o que é estranho à primeira vista.

A sensação de novidade em traduzir o trabalho de Miller para o cinema com fidelidade foi para o espaço. Em seu lugar fica uma coleção impressionante de atores (os novatos Brolin, Levitt, Jeremy Piven, Ray Liotta e Dennis Haysbert se juntam aos veteranos Mickey Rourke, Jessica Alba, Rosario Dawson, Jaime King e Bruce Willis) e a certeza do texto afiado de Miller – que, espera-se, tenha voltado à boa forma nos contos inéditos. Sin City ainda parece ser um lugar bacana para visitar.

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