A polícia disse, durante entrevista coletiva, que pelo menos 50 pessoas foram mortas durante um tiroteio em uma boate gay em Orlando, nos Estados Unidos. Foi declarado estado de emergência em Orlando.
A polícia identificou o suspeito como Omar Saddiqui Mateen, 27, nascido em Port St Lucie, na Flórida, embora o FBI (agência de inteligência americana), que comanda as investigações, não tenha confirmado o nome durante a segunda entrevista coletiva do caso. Segundo a rede CNN, a família do atirador seria do Afeganistão e ele tinha treinamento sobre armas. O presidente dos EUA, Barack Obama, determinou neste domingo que o governo federal forneça toda a assistência necessária a autoridades locais de Orlando.
O atirador foi morto pelos agentes policiais que invadiram a casa noturna Pulse, em Orlando, no centro da Flórida. Outros 53 feridos foram encaminhados a hospitais da região. Um policial foi ferido na cabeça pelo atirador, mas, segundo o chefe de polícia, foi salvo pelo capacete que usava.
Com a invasão, o chefe de polícia John Mina diz ter resgatado 30 pessoas.
O ataque foi classificado como "incidente terrorista", embora as investigações ainda precisem determinar se foi doméstico ou se teve envolvimento internacional.
Além de um revólver e um rifle, o suspeito portava um "aparelho suspeito", que teve uma explosão controlada, que não foi mais detalhada durante a entrevista da polícia. A polícia disse que ele fez reféns durante o ataque.
Em sua conta no Facebook, a Pulse postou às 3h (horário de Brasília): "Saiam da Pulse e corram".
O incidente começou por volta das 2h locais. Segundo testemunhas, um homem abriu fogo com uma arma automática.
"Por volta das 2h, alguém começou a atirar. As pessoas se jogaram no chão", contou um dos clientes, Ricardo Negron, à Sky News. A testemunha disse ter ouvido disparos contínuos por quase um minuto.
Uma testemunha citada pela televisão local WESH afirmou ter ouvido cerca de 40 disparos e outra testemunha disse que um amigo foi ferido e se escondeu da boate.
A testemunha Rosie Feba, que conseguiu escapar do local junto com sua namorada, indicou que o tiroteio começou perto da hora do fechamento.
"Ela me disse que alguém estava disparando. Todo o mundo se atirou no chão", relatou Feba, que a princípio pensou que "não era real", mas "era parte da música, até que vi o fogo de sua pistola".
O prefeito da cidade, Buddy Dyer, expressou seu pesar pelo "horroroso crime" e pediu que a população "seja forte".
"Somos uma comunidade forte", afirmou o prefeito na entrevista coletiva.
O incidente acontece dois dias após a cantora e ex-participante do programa "The Voice" Christina Grimmie ter sido morta após se apresentar em Orlando por um homem de 27 anos, que se matou em seguida. Mas os ataques não estão relacionados, segundo informou a polícia.
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