A artista tinha feito aniversário no dia 8 de setembro e estava prestes a lançar um DVD
A cantora Célia morreu, aos 70 anos, na noite de sexta-feira, 29, vítima de câncer, em São Paulo.
A informação foi dada pelo produtor Thiago Marques Luiz e, logo em seguida, pelo Facebook oficial da cantora. “É com imensa tristeza que informamos o falecimento da cantora Célia”, disse o comunicado na página. O velório será realizado no Cemitério do Araçá, neste sábado, 30, das 9h às 15h.
Célia tinha completado 70 anos havia pouco tempo, no dia 8 de setembro, e se preparava para lançar DVD comemorativo, O que não pode mais se calar. Ela também participava de projetos musicais – mais recentemente, ela integrou um time de cantores de diferentes gerações, do qual também fizeram parte Ângela Maria, Alaíde Costa, Tetê Espíndola e Ayrton Montarroyos, entre outros, que homenagearam os 100 anos de Dalva de Oliveira, em show em São Paulo, em julho. No ensaio para o projeto, Célia estava feliz rodeada pelos velhos – e novos – amigos.
Nascida em São Paulo, Célia Regina Cruz se aproximou da música bem jovem, e foi incentivada a se dedicar ao canto pelos amigos. Em 1970, ganhou projeção no programa de Flavio Cavalcanti, Um Instante, Maestro. Uma das grandes intérpretes da música brasileira, Célia mostrou ser uma estrela em ascensão naquela década, gravando quatro discos. Do primeiro, Célia, de 1971, saíram belos momentos dela, como em Adeus Batucada (Sinval Silva), que já havia sido gravada por Carmen Miranda e que, na voz grave e suave de Célia, ganhou uma versão mais cool.
Até 1977, gravou mais três discos. Nos anos 1980, lançou mais dois discos e seguiu em atividade nas outras décadas, mas sem o mesmo reconhecimento que recebera no começo da carreira. Com Thiago Marques Luiz, ela colocou a carreira nos eixos.
Com quatro décadas de carreira, Célia foi uma grande cantora, que merecia ter tido uma trajetória com menos altos e baixos – e com uma maior projeção.
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