Morreu nesta quinta-feira por volta das 13h30 a atriz e produtora cultural Ruth Escobar, aos 81 anos de idade, um dos grandes nomes do teatro brasileiro.
Ela estava internada no Hospital 9 de Julho, em São Paulo, mas a causa da morte ainda não foi divulgada. O velório será no teatro que leva o nome da artista, na capital paulista.
"Ruth Escobar é nome fundamental da resistência do teatro brasileiro nos anos de chumbo da ditadura, com sua força e coragem em produzir grandes espetáculos, repletos de ousadia em todos os sentidos. Ruth ainda teve papel pioneiro na internacionalização de nossas artes cênicas, promovendo o diálogo do teatro brasileiro com companhias e artistas do mundo todo nos festivais que organizava e que até hoje são referência. O teatro brasileiro deve muito a Ruth Escobar", disse Miguel Arcanjo Prado, crítico da APCA e blogueiro do UOL.
Nascida como Maria Ruth dos Santos Escobar, em 31 de março de 1936, na cidade do Porto, em Portugal, a atriz chegou ao Brasil em 1951.
Depois de uma viagem para a França, onde fez cursos de interpretações, ela voltou ao Brasil e montou a companhia Novo Teatro. Em 1964 ela criou a sua própria casa de espetáculos.
Nas décadas de 60 e 70 protagonizou ou montou peças importantes, como "Mãe Coragem e Seus Filhos", "Antígone América", "Males da Juventude", "Cemitério de Automóveis", "O Balcão" e "As Fúrias". Nos anos 80, afastou-se um pouco do teatro e cumpriu dois mandatos como deputada estadual em São Paulo.
Ela voltou aos palcos nos anos 90, em uma encenação de "Relações Perigosas". Em 2000, foi diagnosticada com o mal de Alzheimer. A doença avançou nos últimos anos, comprometendo a memória da atriz.
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