Controle da substância em camundongos bloqueia avanço da doença
A esclerose múltipla é uma doença do sistema nervoso central que afeta o cérebro, a medula espinhal e o nervo óptico (Creatas/Thinkstock)
Em um passo importante na luta contra a esclerose múltipla, cientistas da Universidade de Zurique, na Suíça, conseguiram identificar a substância química responsável pelo desenvolvimento da doença e barrar sua ação. A descoberta pode ser a primeira esperança de cura para mais de 2,5 milhões de pessoas que sofrem do mal no mundo.
No estudo, feito apenas em camundongos, os pesquisadores descobriram que, ao conter a ação de uma proteína do sistema imunológico chamada GM-CSF, a doença não progride. Nos casos em que o mal já estava em fase adiantada, foi possível reverter o quadro eliminando-se a proteína com o uso de anticorpos.
"Ainda não temos certeza de que esse tipo de tratamento será eficiente para o ser humano. Mas, baseado nos dados obtidos com camundongos, acredito que o controle do GM-CSF tenha um peso significativo no homem também", disse Burk-hard Becher, coordenador do estudo.A GM-CSF tem papel importante para o sistema imunológico, ao combater vírus e outros invasores que provocam doenças ao organismo. Nos casos de esclerose múltipla, contudo, a proteína ativa uma série de reações que culminam na destruição da mielina (camada de gordura que envolve a maioria das fibras nervosas) e prejudicam a transmissão de mensagens no cérebro.
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