segunda-feira, 1 de agosto de 2011

EDUCAÇÃO FALIDA-Sete milhões de alunos repetiram de ano ou estão atrasados na escola

 

Educadores mostram como correr atrás do prejuízo ao longo do segundo semestre para conseguir passar de ano.

Monalisa Perrone São Paulo



Para quem precisa correr atrás do prejuízo daqui para frente, a palavra é rotina. Só assim dá para mudar aqueles hábitos que desviaram a atenção e as energias de tanta gente.
Horas demais de internet nos primeiros meses do ano provocaram um estrago nas notas da estudante Gabriela Jorge, de 14 anos. “A gente dá a credibilidade. Cumpriu com o seu papel, tem direito a internet, sair com as amigas, cinema. Não cumpriu com o seu papel, não fez aquela obrigação, vai fazer obrigação depois. Aí não tem como sair, passear. Não tem internet, tem que cumprir o seu papel”, diz Laércio Jorge, professor de Educação Física.Com a estratégia definida Gabriela pode melhorar as notas e não perder o ano, mas em 2010 muita gente não conseguiu.O percentual de alunos do Ensino Fundamental que não está na série adequada para a idade voltou a crescer nos últimos dois anos. Dados do Ministério da Educação mostram que em 2010 o percentual chegou a 23,6%, ou cerca de sete milhões de alunos. Em 2008, estava em 22,1%.
O maior problema é no Pará. Com quase 40% dos estudantes atrasados. São Paulo tem o menor índice: quase 9%.Para a diretora da ONG Todos pela Educação, Priscila Cruz, esse aumento é preocupante. “Então é importante que a gente tenha nas escolas estratégias diferentes para as necessidades de aprendizagens diferentes também. Então tem alunos que precisam de mais tempo, alunos que precisam de um reforço no contraturno, tem alunos que precisam de uma atenção especial. Então é importante que a gente tenha essas estratégias todas colocadas pra esses alunos”, avalia.Os educadores disseram para o Jornal Hoje o que funciona para todo mundo:
- computador e televisão no quarto é tentação demais. Tire!
- agenda lotada fora da escola também atrapalha muito.
- outra dica: sempre comece a lição por aquela matéria que você tem mais dificuldade.
“Teve aula de manhã, estudou num determinado horário, vai pra casa e revê essa matéria que você teve em aula. Não precisa mais de uma hora, mas não é uma hora parando pra beber água, atendendo o telefone , parando pra colocar uma mensagem em determinada comunidade virtual, é uma hora efetiva de estudo”, explica Cláudia Baratella, pedagoga.

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