Rayder Bragon
Do UOL, em Belo Horizonte
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Rayder Bragon/UOLSônia de Fátima Moura, mãe de Eliza Samudio, segura envelope de carta que, segundo ela, indicaria o local onde está o corpo da filha
O delegado Wagner Pinto, chefe do Departamento de Investigações de Minas Gerais(DI), disse que ainda não recebeu nada relativo ao assunto. Segundo ele, se porventura tiver acesso ao conteúdo da carta, a polícia vai chegar as informaçãos contidas nela para avaliar a possibilidade de realizar buscas. “Tem que analisar o conteúdo da carta. Ver se realmente tem pontos indicativos de busca. Sem ter a carta para avaliar o conteúdo, não tenho condição de falar nada", disse.
Caixão
Sônia Moura disse que ainda pretende enterrar a filha e disse não ter perdido a esperança de encontrar o corpo da filha. Para tanto, afirmou que já está tudo providenciado para o velório e o enterro.“Quando os restos mortais da minha filha forem encontrados, for feita uma autopsia para confirmar que é ela, eu já tenho funerária, o caixão e o cemitério onde ela via ser enterrada. Tem gente que pode pensar que eu estou louca. Mas eu acredito em Deus e Ele vai me conceder essa graça e poder enterrá-la com dignidade”, afirmou.
Segundo Sônia, assim sendo, o neto dela, que é filho de Eliza Samudio, teria uma referência. “Eu vou fazer isso para que ele possa saber onde a mãe dele está enterrada. Eu fui pessoalmente semana passada e escolhi o caixão da minha filha”, revelou a mulher, para complementar dizendo que escolheu um cemitério em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, onde vive com o neto e a família.
Recentemente, a mãe de Eliza recebeu a guarda definitiva do neto, cuja paternidade é atribuída ao goleiro Bruno, da Justiça de Foz do Iguaçu (PR). Luís Carlos Samudio, pai de Eliza, também pleiteava a guarda da criança, mas segundo seu advogado, desistiu da ação. O homem é considerado foragido da Justiça brasileira por conta de processo contra ele por atentado violento ao pudor.
O crime de abuso teria sido cometido contra uma filha dele que, à época do suposto crime, na década de 90, era menor de idade, e que hoje tem 20 anos. Luís Samudio está fora do país e aguarda um julgamento de recurso, informou o seu advogado.
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