Al-Qaeda pede aos muçulmanos para intensificar protestos anti-EUA.
Protestos contra filme considerado ofensivo ao Islã chegam à Austrália.
"Não posso falar do ocorrido em outros países, mas no caso líbio, houve uma execução meticulosa da operação. Houve um planejamento. Não se trata de uma manifestação pacífica que gerou um ataque armado ou agressão. (O ataque) estava inicialmente planejado assim", afirmou. No ataque morreram o embaixador dos Estados Unidos na Líbia e outros três norte-americanos.
Também neste sábado, a al-Qaeda na Península Arábica pediu aos muçulmanos que se unam para continuar os protestos e conseguir o fechamento das embaixadas dos Estados Unidos em seus países, segundo um comunicado divulgado neste pelo grupo terrorista. Até esta sexta-feira (14), oito pessoas haviam morrido durante as manifestações, sendo três mortes na Tunísia, uma no Líbano, país que recebe a visita do papa Bento XVI, três no Sudão e uma no Egito
Os protestos contra o filme ocorreram também na Austrália neste sábado. A pol[icia australiana teve de usar gás lacrimogênio e spray de pimenta para dispersar manifestantes que protestavam em Sidney. O protesto começou perto do consulado dos Estados Unidos em Sidney, onde centenas de pessoas se concentraram e se espalhou por diversas ruas do centro da cidade.
Al-QaedaA organização solicitou "aos irmãos muçulmanos no Ocidente que realizem seus deveres para apoiar o profeta" Maomé, porque considerou que são mais capazes de se aproximar do "inimigo".
"O que aconteceu é algo muito grande, por isso devemos unir os diferentes esforços com um só objetivo que é a expulsão das embaixadas americanas dos países muçulmanos e que continuem as manifestações e protestos", diz a nota, cuja autenticidade não pôde ser verificada.
Dentro desses esforços, a al-Qaeda apontou "como o melhor exemplo o que fizeram os netos de Omar Mukhtar (herói da independência líbia), que assassinaram o embaixador dos EUA".
A organização terrorista se referia à morte do embaixador americano na Líbia, Christopher Stevens, que morreu na terça-feira (11) passada junto com outras três pessoas em um ataque armado contra o consulado em Benghazi, no leste da Líbia, durante os protestos pelo vídeo do profeta Maomé.
Para a al-Qaeda na Península Arábica, que tem sua base no Iêmen, o fechamento das embaixadas e consulados norte-americanos será o passo "para a libertação dos países muçulmanos da hegemonia e da soberba americana".
Muçulmanos paquistaneses queimam bandeira dos Estados Unidos durante manifestação em Quetta. (Foto: Banaras Khan / AFP Photo)
Em relação ao vídeo do profeta, considerado blasfemo pelos muçulmanos e que desencadeou ataques e protestos contra sedes diplomáticas dos EUA em vários países, o grupo terrorista assinalou que "se dá no marco de uma cadeia seguida de guerras cruzadas contra o Islã"."Em resposta a estas contínuas agressões, os povos muçulmanos se sublevaram em seu apoio e zelo pela dignidade e honra de nosso profeta", acrescenta a nota, que ressalta que "esta ofensa transformou a malícia do inimigo em vergonha e infortúnio como castigo".
(*com informações da EFE, AFP e Reuters)
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