quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

TV Digital: cinco erros comuns na hora de comprar e instalar a antena externa

O Brasil encerrou 2010 com mais de seis milhões de aparelhos de TV produzidos já com o conversor digital integrado. A partir de 2011, esse número deve ser ainda maior, já que todas as televisões com tela maior ou igual a 26 polegadas terão de chegar às lojas já adaptadas ao sinal digital. Infelizmente, muitos dos 90 milhões de brasileiros, em 425 municípios já cobertos pela sinal digital do Sistema Brasileiro de TV Digital, segundo o Ministério das Comunicações, continuam sem usufruir plenamente dos benefícios da tecnologia por conta de um problema aparentemente pequeno: a escolha da antena mais apropriada para assegurar a perfeita recepção do sinal.Antes de discutirmos os problemas de instalação da antena, é preciso lembrar que existem hoje, no mercado, modelos de antena VHF para os canais 2 a 13 e de UHF para os canais 14 a 69, e que os canais digitais operam até o momento na faixa de UHF. Portanto, as antenas utilizadas para recepção da TV digital aberta são as de UHF.Hoje o mercado trabalha com modelos divididos em dois grupos, sendo interessante destacar que eles também servem para a recepção do sinal analógico. São eles:
Antena interna
Em geral, sua capacidade de captação do sinal é inferior ao da antena externa, porém seu uso é mais prático. É aconselhável para lugares mais próximos dos pontos de transmissão, em especial áreas altas ou andares altos no caso de prédios.O ideal é que ela seja testada em vários locais do cômodo em que está a TV, pois é comum a captação do sinal ser boa em um ponto e ser má ou inexistente em outro. Assim como a antena externa, também precisa ser de UHF.
Antena externa
Utilizada geralmente em locais mais afastados das torres de transmissão e em áreas baixas ou andares baixos de prédios, apresenta melhor recepção do sinal; entretanto sua instalação tende a ser mais complicada.Quanto mais distante do ponto de transmissão, ela deve ser maior; quanto mais próximo do ponto de transmissão ela pode ser menor. Mesmo sabendo dessas diferenças, é muito comum o consumidor/telespectador errar ao comprar uma antena externa. Quais são os cinco erros mais comuns e como evitá-los?
1. Escolher o modelo errado – É comum o consumidor adquirir a antena externa de acordo com a indicação do balconista da loja. Porém, muitas vezes ele não conhece o lugar em que o comprador mora, e poderá indicar modelos que não se adaptem às suas reais necessidades. Portanto, antes de investir num modelo, é aconselhável fazer uma análise geral, de forma a procurar conhecer possíveis problemas e os melhores pontos de recepção de sua casa.No caso do telespectador escolher uma antena externa que não seja a adequada para as características do local de instalação, o sinal poderá chegar com ruídos. A imagem poderá apresentar pequenos quadrados e o áudio ficará indo e voltando constantemente. Em situações como essa, sugere-se a troca da antena por outro modelo.Caso isso aconteça com a antena interna, o problema pode ser resolvido com a instalação de uma antena externa para melhorar a recepção do sinal.
Para resolver esse problema:
a. Converse com um antenista sobre a antena mais indicada para a sua residência.
b. Verifique com seus vizinhos qual a antena que eles usam e qual o resultado.
c. As torres de transmissão emitem seus sinais pelo espaço livre. Até o sinal chegar à sua antena, ele sofre a interferências de alguns obstáculos.
Por isso, analise a situação de seu ponto de recepção.
I) Se você está perto ou longe da(s) torre(s) de TV;
II) Se no local em que você mora há dificuldade de recepção por obstruções existentes entre a torre de transmissão e a sua casa;
III) Se o local onde você mora fica num ponto alto ou baixo.
d. Entre modelos similares, escolha uma antena que tenha menos parafusos de fixação, pois eles oxidam antes do alumínio e o sinal começa a ficar ruim. Com isso você pode perder o produto.
2. Escolher a antena mais cara – Hoje existem muitas antenas caras que são amplificadas. Estas antenas não têm diretividade para ajudar na redução dos sinais refletidos e aumentar o sinal útil de aproveitamento. Na antena amplificada, o ruído do ambiente também é amplificado reduzindo a qualidade do sinal. A antena deve ser robusta e ter pelo menos sete elementos, pois ajuda na diretividade do sinal a ser recebido, reduzindo sinais refletidos.
3. Instalar a antena sem pesquisar a melhor localização – A instalação da antena no telhado não pode ser feita em qualquer ponto. É preciso fazer a prospecção do sinal, que consiste em mover-se sobre o telhado com a antena e achar o melhor local para fixá-la. A antena deve ser apontada para a direção da torre de transmissão de TV e, quando encontrado o sinal, girada até encontrar-se a direção que provê imagem estável. Uma segunda pessoa tem de ficar olhando no televisor para orientar quem está no telhado quanto ao melhor ponto. Esse trabalho pode ser perigoso e deve ser feito com muito cuidado, de preferência por alguém com experiência nesse tipo de atividade.Lembre-se que são vários canais a serem analisados e que nem sempre todos eles estarão disponíveis, pois em algumas cidades cada emissora tem sua torre instalada em local diferente.Há casos em que será necessária a instalação de duas antenas para receber todos os canais. Existem componentes próprios para instalar duas ou mais antenas e descer até o televisor com apenas um cabo coaxial.
4. Fixar a antena no telhado sem uso de material adequado – Lojas que vendem antenas também comercializam os acessórios para a instalação, tais como mastro, estais, suporte de telhado, fixadores de telhado, etc. É importante o uso de material adequado, pois uma vez instalado, a antena sofre todas as intempéries, sendo que apenas um vento mais forte poderá derrubá-lo, quebrando telhas e gerando prejuízos que poderão afetar ao consumidor e, possivelmente, também ao seu vizinho.
5. Usar cabo coaxial inadequado – A escolha do cabo coaxial é fundamental para garantir a boa qualidade de imagem. Ele é construído com um fio central envolvido por um material isolante e uma malha trançada que serve para evitar que interferências externas prejudiquem o sinal.
Assim, é fundamental que na escolha do cabo coaxial o consumidor procure aquele que:
a. Tenha pelo menos 70% de malha. Mas tenha cuidado, pois o balconista poderá querer vender o mais barato, que tem menos de 50% de malha.
b. Dê preferência a cabos coaxiais para TV UHF, que permitirá a passagem dos canais analógicos e digitais abertos e UHF e também de VHF. Por outro lado, caso seja adquirido um cabo coaxial para VHF, ele não permitirá a passagem
dos sinais em UHF.Atualmente os dois modelos de cabos mais utilizados são o RGC-59 e o RG-6. Não são difíceis de serem encontrados e, em geral, quando com mais de 70% de malha, garantem a recepção do sinal sem ruídos e com melhor qualidade de imagem.

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