TATIANA SANTIAGO/FERNANDA PEREIRA NEVES/MAYRA MALDJIAN/FOLHA
DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO
Com muito luxo e glamour, as escolas Mocidade Alegre e Gaviões da Fiel foram as que mais se destacaram no segundo dia de desfiles do Grupo Especial do Carnaval de São Paulo. O público dançou e cantou o samba-enredo das escolas nas arquibancadas.
A bateria foi a grande estrela da Mocidade Alegre. Quem estava nas arquibancadas do sambódromo do Anhembi ficou contagiado com paradinhas e coreografias da bateria. Os ritmistas estavam vestidos de grilos falantes, e as passistas fantasiadas de joaninhas passavam no meio da bateria, interagindo as duas alas. O público cantou o samba-enredo da escola durante todo o desfile.
| Diego Padgurschi/Folhapress | ||
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No entanto, a Mocidade teve problemas com a quarta alegoria, que não entrou na avenida. O carro "O cinema em 3D", era o mais caro e tinha uma plateia com 30 pessoas que deveriam interagir com a tela, não conseguiu nem sair da concentração, provavelmente por um problema no eixo. Apesar disso, a escola não teve grandes problemas na evolução da harmonia.
Já a Gaviões da Fiel, penúltima escola a desfilar no Anhembi, impressionou pela beleza e grandiosidade das alegorias que levou ao Anhembi para contar a história de Dubai, nos Emirados Árabes. Os carros que mais chamaram atenção foram "A Cidade do Futuro", onde havia réplicas dos prédios mais conhecidos de Dubai, que subiam e desciam, e davam a impressão que estavam sendo construídos em plena avenida; e, a Dubailândia, a Disneylândia arábica, um grande parque de diversões, dois carros acoplados de 24 metros comprimento e 12 metros de altura.
| Orlando Oliveira/AgNews | ||
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A escola Nenê de Vila Matilde fez uma viagem pelo mundo e pela história para mostrar a importância do sal durante seu desfile. As alas e carros alegóricos passaram por países como a China, Roma, Portugal, França e Brasil para mostrar a exploração do sal, armazenamento e do seu uso como moeda.
Um momento de destaque do desfile foi a passagem da comissão de frente, que levou truques de ilusionismo para o Anhembi para mostrar a história de destruição de Sodoma e Gomorra, quando a mulher de Ló virou sal ao olhar para trás. Durante a apresentação, uma mulher vestida de vermelho entrou em uma pequena alegoria e, em um passe de mágica, ficou toda branca, representando a estátua de sal.
Entretanto, a alegoria mais importante foi a última a passar pela avenida, que fez uma homenagem ao fundador da escola, Alberto Alves da Silva, conhecido como seu Nenê. A escola fez neste ano o primeiro desfile após a morte do seu fundador. Ele morreu em outubro do ano passado, aos 89 anos, após apresentar complicações pulmonares.
| Rodrigo Capote/Folhapress | ||
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A Águia de Ouro incendiou, literalmente, a avenida: o carro abre-alas soltava fogo pela boca de um vulcão e usava LEDs que reproduziam labaredas em suas laterais. Tudo isso para contar a história do fogo. Outro destaque foi a alegoria que representava a utilização do gás: em grandes aquários, mulheres seminuas tomavam banho quente.
Em ordem cronológica, a agremiação mostrou períodos da humanidade, jogando luz na relação prática e mística das civilizações com o fogo, desde sua descoberta. O desfile contou as histórias de Nero, imperador de Roma que mandou incendiar a cidade, e da Inquisição, na Idade Média, quando inquisitores mandavam queimar os hereges publicamente, entre outras.
| Fabio Braga/Folhapress | ||
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Também com bastante destaque à história, a Unidos de Vila Maria apresentou todo o percurso de surgimento, prosperidade e decadência do Teatro Amazonas, fundado no século 19, que acabou decaindo e chegou a funcionar como depósito durante 50 anos.
Entrelaçado ainda com toda a história do teatro apresentado pela Vila Maria foi destacada também a importância da própria cidade de Manaus, onde o teatro está localizado. Entre os destaques estão um aquário gigante, paisagismo da praia da Ponta Negra (projeto está em execução) e anúncio de Manaus como sede da Copa do Mundo.
| Orlando Oliveira/AgNews | ||
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A X-9 Paulistana contou a história do humorista cearense Renato Aragão, que veio na última alegoria da escola. O eterno trapalhão sambou pouco, ressabiado com a réplica do Cristo Redentor que o acompanhava no carro --a estátua sacudia demais. O carro estava com um dos pneus furado, por isso, balançava tanto.
A agremiação da zona norte de São Paulo pegou carona no papel de Aragão como embaixador da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) no Brasil para retratar o universo fantasioso e o real das crianças. Um dos carros mais bonitos do desfile carregava um parque de diversões, com uma roda gigante de 14 metros e um carrossel. "Ô da poltrona", um dos bordões do personagem Didi, foi incorporado ao enredo, grande candidato a "chiclete" do Carnaval.
| Rodrigo Capote/Folhapress | ||
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A Império da Casa Verde encerrou os desfiles do Carnaval de São Paulo com a presença dos deuses ao Anhembi. Com o enredo sobre a cerveja, a agremiação contou com a presença dos deuses Ísis, Osíris e Thor. Logo no abre-alas, Ísis e Osíris apareceram ao lado de uma pirâmide, do tigre (símbolo da escola) e de sarcófagos. Os dois deuses são considerados os inventores da cerveja. Já o sarcófago foi lembrado porque antigamente costumava-se colocar ânforas de cerveja ao lado dos sarcófagos para que o morto levasse os sabores da vida terrena.
O deus Thor, por sua vez, apareceu no carro alegórico que relembrou os vikings e o hábito desse povo de beber cerveja. Além das referências feitas aos deuses, a Império também destacou os povos e os momentos históricos que contribuíram para que o hábito da cerveja fosse levado para diferentes lugares.
| AgNews | ||
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| Escola Império da Casa Verde encerram os desfiles do Carnaval de São Paulo com enredo sobre a cerveja |
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