quinta-feira, 31 de março de 2011

Suposta filha de Alencar não vai a velório: 'Não importa mais'

Tapete vermelho é estendido em Belo Horizonte para velório de José Alencar. Foto: Ricardo Matsukawa/Terra Tapete vermelho é estendido em Belo Horizonte para velório de José Alencar
Foto: Ricardo Matsukawa/Terra

Ney Rubens/Terra/Direto de Belo Horizonte
A professora Rosemary de Morais, 55 anos, que alega ser filha de José Alencar, não irá ao velório e cremação do ex-vice-presidente da República nesta quinta-feira. "Eu acho que não conseguiria me aproximar dele, e como optei por não falar mais nada sobre o assunto, decidi não ir. Agora não importa mais," disse a professora.
Rosemary lamentou não poder ter entrado em contato com aquele que considera seu pai. "Não pude conversar com ele em vida, agora eu ir (ao velório) não faria muita diferença". A professora aposentada seria fruto de um relacionamento de Alencar com uma enfermeira, na década de 50 na cidade de Caratinga, interior de Minas Gerais. Desde 2001, ela briga na Justiça pela paternidade do empresário.
Após a notícia da morte de Alencar, a professora, muito abalada, não quis tocar no assunto com medo de repercutir de forma negativa com a família de José Alencar. "Eu queria ter conversado com ele sobre isso. Muitas pessoas já me ligaram, mas eu não queria tocar nesse assunto agora. Não quero que a família pense que eu vou me aproveitar da morte dele, para me promover. Vou esperar a poeira baixar", disse ela na terça-feira. Rosemary disse que vai esperar um posicionamento da família antes de tomar qualquer decisão ou dar alguma declaração sobre o processo que julga a paternidade de Alencar. Ela revelou ainda que conheceu o empresário quando ele esteve em Caratinga. "Eu encontrei com ele algumas vezes, ele sempre vinha para comícios na cidade, mas nunca tive a oportunidade de tratar desse assunto pessoalmente", revelou a professora. Em julho de 2010, a Justiça de Caratinga (MG) concedeu à Rosemary o direito de ser reconhecida como filha do empresário. Alencar se recusou a fazer o teste de DNA, e sua defesa contestou a decisão. Em setembro do mesmo ano, o então vice-presidente obteve no Tribunal de Justiça de Minas uma liminar para impedir o uso do sobrenome e a mudança do registro de nascimento da professora. O recurso ainda será analisado pela corte.

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