quarta-feira, 13 de abril de 2011

Escândalo da justiça americana explode na mídia-Brasileiro tem de pagar US$ 75 milhões para ser solto nos EUA

Se a liberdade tem um preço, a do campineiro e ex-modelo internacional Ricardo Azevedo Souza Costa, de 39 anos, é uma das mais caras já registrada na história dos Estados Unidos. Acusado pela ex-mulher, a americana e também ex-modelo Angela Denise Martin, de 49 anos, de abusar sexualmente de dois de seus três filhos, a Justiça americana estabeleceu uma fiança de US$ 75 milhões (R$ 120 milhões) para que o brasileiro responda ao processo em liberdade.
Para a família de Costa, as provas que o incriminam foram forjadas pela ex-mulher e, por ser brasileiro, tem sido submetido a um tratamento desigual que o impede de ser julgado de uma forma justa e dentro do prazo legal.Costa está preso há cerca de dois anos e quatro meses na cidade de Camp Verde, no Estado do Arizona, sem ainda ter ido a julgamento. A legislação americana estabelece que a sentença tem que ser dada dentro do prazo máximo de 150 dias.A advogada brasileira Giselle Ambrosio, que se voluntariou para a ajudar o advogado de Costa após ter sido comunicada do caso pelo consulado brasileiro, afirma que o tratamento dado a ele não é o mesmo recebido pelos norte-americanos.Segundo ela, Costa tem sido injustiçado e o valor estipulado pela fiança é um dos maiores que já teve conhecimento. A fiança estipulada para o cantor Michael Jackson, no mesmo caso de suspeita de abuso sexual, foi de US$ 3 milhões — valor 25 vezes menor que o estabelecido para o brasileiro.A advogada afirma que o processo vem se arrastando devido a diversas petições feitas pelos advogados de Angela. “Resolvi me colocar à disposição porque senti que ele está sendo bastante injustiçado.
'O valor estipulado de fiança é desproporcional e sinto que ele é inocente”, afirma a advogada. O advogado de Costa, o norte-americano Bruce Griffen, afirma que o caso do brasileiro “é uma falha grotesca e sem precedente no sistema judiciário americano”.
Costa conheceu a ex-mulher no Japão em 1991 durante uma viagem de trabalho. Modelo internacional — já tendo posado para revistas como a Vogue —, Costa chegou a se mudar com Angela para o Brasil, onde viveram por alguns meses. Em 1993, os dois se casaram e foram viver em Nova York, nos EUA.
Lá tiveram três filhos, dois meninos e uma menina, e mantiveram o relacionamento até 2007, quando iniciaram o processo de divórcio. A acusação de abuso sexual foi feita contra Costa apenas um ano depois, em 2008, durante uma das audiências do processo de separação.(RAC)

Daniel Favero /TERRA

A família do brasileiro Ricardo Costa, acusado de molestar sexualmente os próprios filhos e preso há mais de dois anos sem julgamento no Estado do Arizona, diz que a Justiça americana demora para analisar o caso porque não existem provas contra ele, além dos diversos erros cometidos no decorrer do processo. "Todos que pegam o caso percebem que estão com um 'pepino' nas mãos", disse Cristina Costa, mãe de Ricardo, em entrevista concedida ao Terra por e-mail.Segundo a família, Ricardo e a ex-mulher, Angela Denise Martin, se conheceram no Japão, no começo dos anos 90, quando trabalhavam como modelos fotográficos.

Os dois chegavam a viver no Brasil, mas se casaram nos EUA em 1993. Eles viviam no Estado do Arizona e tiveram três filhos. As acusações contra Ricardo vieram à tona durante o processo de divórcio, quando os filhos teriam relatado episódios de abuso sexual cometidos pelo pai, segundo inquérito elaborado pela polícia. Ele foi preso durante uma das audiências de divórcio, no final de 2008, mas até hoje não foi julgado.
A defesa de Ricardo diz que o caso tem apresentado diversos problemas legais que atrasam o andamento do processo. O julgamento está marcado para agosto deste ano, mas o advogado Bruce Griffen, que representa o brasileiro nos EUA, acredita que pode haver mais demora. Um exemplo seria o recurso contra a fiança estipulada pela Justiça em US$ 75 milhões, a serem pagos em dinheiro apenas, o que pode demorar mais de um mês.
Confira a entrevista com a mãe de Ricardo na íntegra:
Terra: Como Ricardo está lidando com toda essa situação?
Cristina Costa: Muito confiante, forte mentalmente e sereno. Quer muito que o julgamento aconteça, pois sabe de sua inocência, sabe que não existe qualquer prova contra ele. Têm muitos moradores de Sedona (cidade onde o casal vivia) dispostos a testemunhar a seu favor. A angustia também é natural, afinal audiências, e o próprio julgamento, são frequentemente marcados, e por diversos motivos adiados, protelados, sempre pela acusação, nunca pela defesa.
Terra: Como era a relação do casal antes do divórcio?
Cristina Costa: O relacionamento com o tempo se desgastou, houve conflitos, discordâncias diversas que levaram à separação. Não houve agressões físicas, mas uma separação difícil que gerou um divórcio do tipo litigioso.
Terra: Como a família interpreta o que aconteceu, porque a ex-mulher fez essas acusações?
Cristina Costa: A ex-esposa, desde a separação, buscou inúmeras formas de prejudicá-lo e tem-se a evidência de "alienação parental" em relação ao pai, sempre tentando afastá-lo dos filhos. Os motivos para isso devem ser perguntados a ela. A família entende que (ela) não se conformou com a separação, sofre com o fato da idade ser mais avançada que a dele, e entende que há evidencias de um forte descontrole emocional.
Terra: A família de Ricardo tem contato com as crianças? Eles falam português e já vieram ao Brasil?
Cristina Costa: Não. Existe uma liminar conseguida pela ex-esposa que impede qualquer contato. Até 2007 falavam português de forma superficial (a ex-esposa não fala), mas certamente hoje não falam mais. Não vieram ao Brasil.
Terra: Por que vocês acham que a Justiça americana está demorando tanto para julgar o caso, acreditam que existe alguma conotação racial por ser brasileiro ou preconceito por ser acusado de crime sexual?
Cristina Costa: A tese da defesa (e da família) é que estão protelando e demorando para julgar o caso pois não existem provas e, principalmente, porque existe muita gente envolvida no caso que errou: o juiz que decretou a prisão pela simples acusação; o detetive que o algemou na corte sem tê-lo investigado (e que confirmou que fez isso numa audiência seguinte, quando ao ser questionado se havia investigado disse: "Não, não investiguei, eu o prendi porque quis") e os próprios promotores que já cuidaram do caso. Todos que "pegam" o caso percebem que estão com "um pepino nas mãos". Sabe-se que a lei prevê uma inversão de papeis radical: uma acusação desse tipo não comprovada (contra um réu inocente) gera uma subsequente apuração do acusado e de todos que tomaram as medidas punitivas. E, ao que parece, é por isso que tanto se demora. Mas pode sim haver algum preconceito contra estrangeiro. Um exemplo: há um mês atrás, um rapaz americano acusado de abuso sexual e uso de drogas também foi detido. Ficou lá, na mesma detenção do Ricardo. Mas ficou por três meses. Foi estabelecida uma fiança de US$10 mil. O advogado dele negociou, ficou por US$5 mil, ele pagou a foi embora.
Terra: Como é a relação das crianças com o pai?
Cristina Costa: Sempre foi o Ricardo quem cuidou das crianças, desde o café da manhã, levar na escola, ir às festas, passeios, acampamentos etc. A ex-esposa não fazia nada, nem mesmo cozinhava, era ele também que fazia a comida. Depois da separação, houve claramente uma "alienação parental" pela mãe. As crianças foram afastadas do pai e, pelos relatos obtidos no processo, claramente sofreram coerção para temê-lo.
Terra: As crianças já o visitaram alguma vez na prisão?
Cristina Costa: Os filhos nunca o visitaram. Mas várias vezes Ricardo recebeu visita de amigos que levaram os filhos que eram amigos dos seus filhos dele. As visitas ocorrem às quartas-feiras e existe até mesmo um calendário de qual amigo irá visitá-lo.
Terra: Ricardo pretendia brigar pela guarda das crianças no processo de divórcio? Pretendia voltar ao Brasil com elas?
Cristina Costa: Ricardo nunca quis voltar ao Brasil, ele sabe que as crianças são americanas e entende que é lá que elas devem viver.A família diz ainda ao final da entrevista que Ricardo não está pedindo para ser libertado porque é inocente, está pedindo apenas para ser julgado. "Está apenas pedindo: 'me julguem, eu quero o julgamento'. Ele sabe que será inocentado", diz a mãe."Ricardo diz a quem quiser: 'ande pelas ruas de Sedona e pergunte se conhecem Ricardo Costa. Depois perguntem se conhecem Angela Denise. Colham as respostas. Façam isso e tirem suas conclusões'", afirma Cristina. De acordo com a mãe, o filho acredita que é alvo de conspiração que envolve o ex-sogro, a ex-mulher, a psicóloga que acompanhou as crianças e os juízes do caso. "A fiança estabelecida em US$ 75 milhões, somente em dinheiro vivo tem sido alvo de clamor nos EUA, inclusive entre promotores e juízes".
Governo brasileiro se omite e caso tem suspeita de "racismo" contra latinos
Maria Fernanda Ribeiro
Especial para o UOL Notícias
Em Campinas



A Justiça americana estabeleceu ao brasileiro Ricardo Costa, 39 anos, preso há dois anos e meio nos Estados Unidos, fiança de US$ 75 milhões para responder ao processo em liberdade. Ele é acusado pela americana Angela Martina, sua ex-mulher e ex-modelo, de 49 anos, de abusar sexualmente de dois dos três filhos do casal. Costa alega inocência.Para Gisele Ambrosio, advogada brasileira que auxilia no caso, a quantia estipulada é “absurda e abusiva e, com certeza, um dos valores mais altos na história do direito americano”. Em 2003, o cantor Michael Jackson, acusado de abuso sexual contra um garoto de 12 anos, pagou fiança de 3 milhões de dólares, entregou seu passaporte para responder o processo em liberdade e foi liberado cerca de uma hora depois. Em 2009, uma pastora brasileira acusada de abusar sexualmente de uma menina de 14 anos teve a fiança estipulada em US$ 20 mil.De acordo com a advogada, Costa já deveria ter sido julgado, mas recursos legais levantados pelos advogados da ex-mulher estão atrasando o processo. “No entanto, seria um erro dizer que o rumo tomado por este caso ainda se encaixe dentro dos padrões normais ou aceitáveis. O direito do senhor Ricardo Costa de ter um julgamento rápido foi violado”, disse a advogada.Costa e a ex-mulher se conheceram durante uma viagem ao Japão. O casal mudou-se para os Estados Unidos. Ele foi preso após se separar da mulher. Depois do divórcio, os filhos teriam começado a frequentar sessões de psicologia, quando as crianças teriam contado sobre o suposto abuso do pai. A mãe teria ido à Justiça, e o pai foi preso. Ele está no Centro de Detenção Yavapai, no Estado do Arizona.Em entrevista ao Jornal Nacional, Costa afirmou que recebeu mais de 20 vezes uma proposta para assumir a culpa pelo crime. Ele ganharia a liberdade, como prevê a lei do Arizona, seria deportado para o Brasil, não veria mais os filhos e o caso estaria encerrado.Ele disse ainda que está disposto a morrer na prisão e que não vai confessar nenhum crime em troca da liberdade. Por telefone, explicou: “Se eu assinar, estaria fazendo com que meus filhos soubessem de algo que não é verdade e fossem assombrados por essa mentira pelo resto da vida deles”, disse Costa.

Pais sofrem com prisão de brasileiro nos Estados Unidos



Brasileiro acusado de abuso sexual espera há dois anos por julgamento nos EUA- Ricardo Costa está preso sob a acusação de abuso sexual contra os próprios filhos. Ele nega o crime e diz foi vítima de uma armação da ex-mulher. O julgamento dele nunca foi feito porque caso nunca chegou a completar 150 dias na mão de um juiz.



Brasileiro que alega inocência está preso há mais de dois anos sem julgamento- Ricardo Costa foi para a prisão depois de se separar da mulher. Ele foi acusado de abusar sexualmente os três filhos. Mas, segundo ele e o irmão, as crianças foram induzidas a mentir pela psicóloga que os atendia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...