sexta-feira, 6 de maio de 2011

Al Qaeda planejava atacar no aniversário do 11 de Setembro, dizem EUA-Nova versão sobre morte de Bin Laden volta a contradizer Casa Branca

Al Qaeda cogitou realizar atentados contra o sistema ferroviário norte-americano no 10º aniversário dos ataques de 11 de Setembro neste ano, disseram autoridades do governo dos Estados Unidos na quinta-feira, descrevendo dados encontrados na casa de Osama bin Laden.
"O departamento de Segurança Interna divulgou um boletim nesta quinta-feira para as agências federais" e as polícias dos Estados e Condados "advertindo sobre possíveis planos da Al Qaeda (...) para atacar o setor ferroviário americano", disse o porta-voz do Departamento de Segurança Doméstica, Matthew Chandler.
E continuou: "Não temos informação sobre qualquer ameaça terrorista iminente ao setor ferroviário dos EUA, mas queríamos que nossos parceiros ficassem cientes dos supostos complôs. Não está claro se algum novo planejamento foi realizado desde fevereiro do ano passado".O departamento e outras agências do governo têm analisado informações obtidas na casa de Bin Laden no Paquistão, invadida no começo da semana durante a ação militar que matou o militante saudita.A informação indicava que uma possível tática de ataque a um trem era tentar, de algum modo, tirá-lo dos trilhos, declarou uma autoridade.
Outra fonte disse que a Al Qaeda, em fevereiro do ano passado, já cogitava um ataque ao sistema ferroviário no 10o aniversário dos ataques ao World Trade Center, em Nova York, e ao Pentágono, mas o grupo não estava de acordo quando à data exata.
 
03.mai.2011 - Garoto paquistanês mostra peça que pode ser do helicóptero americano que caiu durante a operação militar americana na noite de domingo, na cidade de Abbottabad, que culminou na morte de Osama bin Laden Anjum Naveed/AP
Com informações da Reuters
Souvenires de morte de Bin Laden causam polêmica na internet
ROB YOUNG
DA BBC

Milhares de produtos celebrando a morte de Osama Bin Laden, idealizados por internautas americanos, estão sendo vendidos em diversos sites na web.
Exemplos destes itens são um chaveiro com o rosto estampado do líder da Al Qaeda, em meio à mira de uma arma, com as palavras Osama Bin Killed --um trocadilho com Osama (Has) Been Killed, ou "Osama Foi Morto" em inglês.

Zazzle/Divulgação
Chaveiro vendido na web traz frase Osama Bin Killed --um trocadilho com Osama (Has) Been Killed, ou "Osama Foi Morto" em inglês
Chaveiro vendido na web traz frase Osama Bin Killed --um trocadilho com Osama (Has) Been Killed, ou "Osama Foi Morto" em inglês

Também há canecas com o rosto de Bin Laden e a palavra "morto" sobreposta a ele, e até uma roupa de bebê com a frase: "Eu Matei Osama". Americanos de todos os cantos estão produzindo imagens para ser estampadas em bonés, adesivos de carros e camisetas. Depois, eles fazem upload das figuras em lojas online, que imprimem os produtos e os vendem, com lucro revertido para o autor da imagem. Os itens mais vendidos podem render milhares de dólares a seus autores.
POTENCIALMENTE LUCRATIVO
A empresa Zazzle, sediada na Califórnia (EUA), afirma que já vendeu "dezenas de milhares" destes produtos online desde domingo, com preços variando entre US$ 15 (R$ 24) e US$ 40 (R$ 64).
O diretor de marketing da Zazzle, Mike Karns, afirma que este tipo de item tem sido o mais vendido pela empresa nos últimos dois dias. "Você agora tem plataformas para empreendedores fazerem produtos em resposta a isto e quase instantaneamente vendê-los não só nos Estados Unidos, mas em todo o mundo", diz Adam Hanft, executivo-chefe da empresa de marketing Hanft Projects, de Nova York.
COMEMORAÇÃO ESTRANHA
A venda desses produtos, no entanto, gerou críticas de que ela seria uma exploração comercial inapropriada de um assassinato.
Vários usuários do Serviço Mundial da BBC manifestaram sua oposição à iniciativa em comentários publicados no Facebook. Matthew Clanahan afirma que os produtos são "de mau gosto, cafonas e nojentos", enquanto Gerard Ng diz: "Alguns podem chamar isto de empreendedorismo, mas eu chamo de ganância". Karns reconhece que algumas pessoas podem se sentir desconfortáveis. "Comemorar a morte de alguém é um coisa estranha. Isto deixa as pessoas desconfortáveis na maioria das vezes, mesmo se essa pessoa foi um dos piores caras do mundo." Joe Schmidt, chefe de mercados consumidores no site CafePress, descreve a morte de Bin Laden como um evento "incomum e excepcional". Mas alguns dizem que comemorar o fim de um adversário por meio da cultura e da moda é uma tradição antiga, que só está sendo expressa de uma maneira moderna.
"É uma maneira de dançar sobre o túmulo do inimigo", afirma o antropólogo Grant McCracken. "Para a maioria das pessoas, isto é uma maneira de participar de um ato nacional, apreciando o fato de que este homem que levou terror aos EUA não existe mais." Outros veem ironia no fato de que o negócio envolvendo "Osama Está Morto" tenha dado tão certo. "É irônico que exista um fim capitalista para o veneno anticapitalista de Osama", diz Adam Hanft.
Morte de Osama bin Laden foi uma execução, diz Michael Moore
DA EFE

O cineasta Michael Moore disse nesta quinta-feira que a morte do líder da rede terrorista Al Qaeda, Osama bin Laden, em uma operação das forças especiais dos Estados Unidos, foi uma "execução", lamentando as celebrações que houve no país.
"Não acho que Jesus fosse ao 'Marco Zero' com garrafas de champanhe, como muita gente fez no domingo" para celebrar a morte de Bin Laden, disse Moore, conhecido por documentários que fazem críticas à política de Washington como "Tiros em Columbine" e "Farenheit 9/11". "Acho que é bom que Osama bin Laden não esteja mais vivo, mas celebrar a morte vai além dos princípios com os quais cresci em uma família católica irlandesa", acrescentou em uma entrevista à CNN. Moore referiu-se às celebrações espontâneas surgidas no domingo, após a morte de Bin Laden ser divulgada, em Washington, em torno da Casa Branca, e em Nova York, ao redor do "Marco Zero", onde a Al Qaeda realizou o atentado contra as torres gêmeas do World Trade Center, matando cerca de três mil pessoas. "Foi um momento emocionalmente muito forte, mas também vi como havia afetados lá, mas não o viram como um dia positivo. As pessoas que perderam os seus estavam afetados", assinalou.
http://f.i.uol.com.br/folha/ilustrada/images/11038752.jpeg

Robyn Beck - 15.set.2009/AFP
O cineasta norte-americano Michael Moore
O cineasta norte-americano Michael Moore

Para Moore, Bin Laden foi "executado" e recriminou as autoridades por não reconhecerem isso em público. "A versão mudou várias vezes em quatro dias. Se a intenção era matá-lo, por que não dizem?", questionou.
No entanto, o cineasta demonstrou otimismo com o futuro e assinalou que este pode ser um ponto de inflexão para os Estados Unidos. "É uma grande oportunidade para começar uma nova era", disse.
Moore apoiou a decisão do presidente americano, Barack Obama, de não publicar as fotografias da morte do líder da Al Qaeda, e considerou "grotesco" que as pessoas queiram vê-las.
"Não quero ver. Acredito no presidente e é suficiente. Neste país temos pena de morte e não publicamos as fotos nem televisionamos a execução, e todos acreditam que a execução foi feita", disse.
Diante da reprovação do apresentador Piers Morgan, que lhe perguntou onde deixara seu ceticismo, Moore assinalou que Obama "ganhou a confiança da maioria dos americanos com suas políticas e as decisões que tomou" e que nestes dois anos em que esteve no poder "disse a verdade".
"É diferente quando se anuncia que há armas de destruição em massa em um país quando há gente do serviço de inteligência que trata de dizer o contrário e o país é levado a uma guerra", disse Moore em referência à Guerra do Iraque, autorizada pelo hoje ex-presidente George W. Bush.
Quanto às promessas não cumpridas de Obama, como o fechamento do centro de detenção para suspeitos de terrorismo em Guantánamo (Cuba), assinalou que "gostaríamos que já tivesse sido feito, mas não quer dizer que não será feito".

Jornal argentino publica anúncio de pêsames por morte de Bin Laden

Buenos Aires, 5 mai (EFE).- Um periódico da província argentina de Tucumán publicou nesta quinta-feira um anúncio fúnebre pela morte de Osama bin Laden, no qual duas pessoas manifestam seu "sentido pêsame" à família do líder da rede terrorista Al Qaeda.
"BIN LADEN, Osama. (R.A.) Sentido pêsame a flia. filhos Sras. sua morte", diz o comunicado, publicado pela "Gazeta de Tucumán" e assinado por Santiago Torres e Musa Isa.
"Sou homem direito, e me ensinaram que quem mata deve ser detido, julgado e condenado, não morto. Há muito mais pessoas que pensam igual a mim, mas têm medo de pronunciar-se", afirmou o advogado Musa Isa ao ser consultado pelo mesmo diário que publicou o aviso.
Bin Laden morreu na segunda-feira em uma operação de comandos americanos que invadiram a residência onde o terrorista se escondia, na localidade paquistanesa de Abbottabad.

Nova versão sobre morte de Bin Laden volta a contradizer Casa Branca

Uma nova informação divulgada pela imprensa americana nesta sexta-feira voltou a contradizer relatos anteriores da Casa Branca sobre a operação que levou à morte do líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, no último domingo.Segundo jornais americanos, fontes do governo afirmaram que, ao contrário do informado anteriormente, apenas uma pessoa - o mensageiro de Bin Laden - teria atirado contra as forças especiais americanas que invadiram o esconderijo do líder da Al-Qaeda no Paquistão e o mataram.O mensageiro estaria em um andar diferente da mansão onde Bin Laden vivia escondido - na cidade de Abbottabad - e teria sido morto pelas forças americanas no início da operação.Essas novas informações representam mais mudanças no relato sobre como transcorreram os cerca de 40 minutos da operação.Desde a noite de domingo, quando o presidente Barack Obama anunciou a morte do líder da Al-Qaeda em cadeia nacional, membros da Casa Branca já mudaram repetidas vezes sua versão sobre a operação.
Troca de tiros
Na segunda-feira, o principal assessor do governo para assuntos de segurança nacional e contraterrorismo, John Brennan, disse que Bin Laden foi morto com um tiro na cabeça ao resistir à captura.
"Se nós tivéssemos a oportunidade de pegar Bin Laden vivo, se ele não apresentasse qualquer ameaça, os indivíduos envolvidos (na operação) estavam aptos e preparados para fazer isso", afirmou.Brennan disse que o líder da Al-Qaeda resistiu e houve troca de tiros com as forças americanas que invadiram seu esconderijo. Afirmou ainda que Bin Laden tentou usar uma de suas esposas como escudo, e a mulher acabou morta na ação.No dia seguinte, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, mudou o relato, e disse que Bin Laden não estava armado.De acordo com Carney, porém, mesmo desarmado Bin Laden resistiu à captura, e várias outras pessoas presentes no local estavam armadas, com "intensa" troca de tiros.O porta-voz afirmou ainda que uma das esposas de Bin Laden confrontou as forças americanas e foi alvejada na perna, mas não morreu, contrariando a versão de Brennan.

Legalidade
As versões contraditórias vêm aumentando os questionamentos sobre a legalidade da operação que levou à morte de Bin Laden, acusado de ser o mentor dos atentados de 11 de setembro de 2001, que mataram quase 3 mil pessoas em Nova York e Washington.Além desses ataques, Bin Laden era acusado de ser o mentor de diversos outros atentados contra alvos americanos e ocidentais e ocupava o primeiro lugar na lista dos mais procurados pelos Estados Unidos.Na quarta-feira, ao ser questionado sobre detalhes da operação em audiência no Congresso, o secretário de Justiça, Eric Holder, defendeu sua legalidade e disse que foi um ato legítimo de autodefesa."Ele era o líder da Al-Qaeda, uma organização que conduziu os ataques de 11 de Setembro. Ele admitiu seu envolvimento. A operação contra Bin Laden foi justificada como um ato de autodefesa nacional", disse Holder, em audiência na Comissão de Justiça do Senado.Nesta quinta-feira, porém, a alta comissária de direitos humanos da ONU, Navi Pillay, pediu ao governo americano "a divulgação completa dos fatos precisos" sobre a morte do líder da Al-Qaeda para estabelecer a legalidade da operação."As Nações Unidas condenam o terrorismo, mas também têm regras básicas sobre como deter atividades terroristas. Isso deve ser feito respeitando as leis internacionais", disse a comissária.A ONG Anistia Internacional também já havia se manifestado a respeito da operação, ao dizer que Bin Laden deveria ter sido capturado vivo, já que estava desarmado.

Em vídeo, combatentes do Taliban prometem vingar Bin Laden

Reuters

CABUL (Reuters) - Combatentes do Taliban fortemente armados, que apareceram num vídeo que mostra pessoas vestidas como militantes da linha de frente no sul do Afeganistão, disseram que a morte de Osama bin Laden os inspirará a continuar a luta até que todas as tropas estrangeiras tenham deixado o país.
A autenticidade do vídeo obtido pela Reuters no sul do Afeganistão não pode ser confirmada.
O vídeo mostra seis combatentes não identificados do Taliban, todos com os rostos cobertos, com rifles de assalto, lançadores de granada, metralhadoras e outras armas.Três deles prometeram continuar a combater as forças estrangeiras lideradas pela Otan, apesar do assassinato de Bin Laden, morto por forças dos Estados Unidos no Paquistão.
'Mesmo se a notícia do martírio de Osama bin Laden for verdade, isso não vai mudar nossa política de jihad (guerra santa)... se for verdade que ele está morto, isso nos dará mais motivação para continuar nossa jihad', disse um dos combatentes no vídeo.Os combatentes falaram sob a condição de que seus nomes e localização não fossem divulgados. A Reuters obteve o vídeo no sul do Afeganistão.
'O martírio de Osama bin Laden não vai afetar nossa estratégia e não nos afastará de nossa meta', disse um segundo combatente. 'Vamos continuar com nossa jihad e nosso sacrifício contra os infiéis até o dia do julgamento final, e vamos vingar nossos mártires.'

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