No breve comunicado o dirigente acrescenta que tomou a decisão para proteger o FMI, "ao que serviu com honra e devoção, e especialmente porque quero dedicar todas as minhas forças, meu tempo e energia em provar a minha inocência".Desde sua detenção em Nova York no último sábado, após ter sido acusado de crimes sexuais contra uma camareira de um hotel, cresceu a pressão para que o político francês apresentasse sua renúncia à frente da entidade.Durante a semana, Timothy Geithner, secretário do Tesouro dos Estados Unidos, assegurou que Strauss-Kahn não estava em posição de dirigir o FMI.A direção do fundo foi assumida interinamente pelo americano John Lipsky, o número dois da entidade, enquanto teve início uma corrida pela sucessão de Strauss-Kahn.
| New York State/Reuters | ||
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| Imagem mostra a ficha de identificação do francês Dominique Strauss-Kahn no Departamento de Polícia de NY |
Pouco antes, na noite de quarta-feira, os advogados de defesa de Strauss-Kahn entraram com um novo pedido de fiança na Justiça de Nova York, no valor de US$ 1 milhão. O francês se dispõe ainda a usar uma tornozeleira eletrônica de localização e a ficar em regime de prisão domiciliar como garantias de que não tentará sair do país.Até o momento agências de notícias indicam que a nova audiência do francês foi antecipada de sexta para esta quinta-feira. A France Presse cita a porta-voz Erin Duggan, da corte de Nova York que julga o caso, como fonte. No entanto, não houve anúncio oficial.Fontes ligadas ao caso disseram à CNN que esperam que o francês possa sair "o mais rápido possível" do presídio nova-iorquino de Rikers Island, onde está preso desde segunda-feira, para acabar com uma situação que está sendo "negativa para sua saúde" e que representa "uma discriminação".
Em contrapartida, a defesa da camareira que acusa o francês de abuso sexual manifestou-se contrária à nova petição."A ideia de que este homem esteja nas ruas provoca uma profunda preocupação a minha cliente", indicou também à "CNN" Jeffrey Shapiro, advogado da suposta vítima, após conhecer a notícia.
Shapiro detalhou que sua cliente está "muito preocupada sobre sua segurança, sobre o que este homem é capaz de fazer e o que poderia lhe acontecer".
DEPOIMENTO DA CAMAREIRA
De acordo com a agência de notícias France Presse, a camareira que acusa Stauss-Kahn já prestou depoimento ao júri num tribunal de Nova York na noite de quarta-feira. À tarde, quando foi questionado sobre a data audiência, Shapiro respondeu: "Sim, a meu ver é hoje".Outras agências e jornais americanos, no entanto, não confirmaram a informação.Shapiro voltou a falar à imprensa na noite desta quarta e citou os exames de DNA realizados durante a semana, mas não revelou os resultados.Ele reafirmou que a mulher não fez sexo consntido com Strauss-Kahn na suíte do hotel onde trabalhava como camareira, e disse que as evidências vão confirmar isto."As evidências forenses foram reunidas pelo promotor do distrito (...) mas, infelizmente, não posso comentar isto com vocês", disse o advogado à CNN."Há muitas teorias conspiratórias e várias outras coisas, mas nada é verídico", destacou Shapiro. "O mais importante é escutá-la. Ela não tem outro caminho a não ser dizer a verdade".
| Mike Segar /Reuters | ||
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| Dominique Strauss-Kahn (centro), chefe do FMI, deixa delegacia de Nova York na noite do último domingo |
NOVO CASO
Mais uma jornalista disse nesta quarta-feira ter sido alvo de uma investida sexual do diretor-gerente do FMI, o francês Dominique Strauss-Kahn, informa o jornal britânico "The Times".A reportagem não identifica o nome nem a nacionalidade da repórter, tratada apenas pelo nome fictício Martina.De acordo com a jornalista que trabalha para um jornal europeu, Strauss-Kahn teria feito sua abordagem durante uma coletiva de imprensa há cerca de 2 anos e meio.
Na época, a embaixada francesa revelou seu telefone ao chefe do FMI, acredita a repórter.
| Daniel Janin/France Presse |
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| A jornalista Tristane Baron foi a 2ª mulher a indicar uma possível tentativa de abuso de Strauss-Khan nesta semana |



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