terça-feira, 28 de junho de 2011

Inadimplência sobe para maior nível desde fevereiro de 2010, diz BC

Em maio, taxa geral de inadimplência avançou para 5,1%, informou BC.Inadimplência de pessoas físicas sobe pelo quarto mês seguido em maio.

Alexandro Martello Do G1, em Brasília
 
A taxa de inadimplência das pessoas físicas e das empresas, que mede atrasos de pagamento superiores a 90 dias, subiu de 4,9% em abril para 5,1% em maio deste ano, o maior patamar desde fevereiro de 2010, quando estava em 5,3%.
A inadimplência somente das pessoas físicas, por sua vez, avançou pelo quarto mês consecutivo em maio, quando atingiu 6,4%. Em abril, a taxa indimplência das pessoas físicas estava em 6,1%. O patamar de maio é o maior desde junho do ano passado (6,5%).Já a taxa de inadimplência das operações dos bancos com as empresas também registrou crescimento em maio, quando atingiu 3,9%. Trata-se do maior patamar desde outubro de 2009, quando estava em 4%."Estávamos antecipando há alguns meses que poderia haver alguma reação da inadimplência em função dos juros mais altos, e pelo maior comprometimento de renda das famílias. A tendência desse movimento é de acomodação da inadimplência, provavelmente no segundo semestre. Porque estamos em um momento de crescimento da economia, com expansão da renda e do emprego. Estamos com taxa de inadimplencia em níveis bastante normais", declarou Túlio Maciel, chefe do Departamento Econômico do BC.
Alerta
O crescimento da inadimplência nos últimos meses tem gerado temores nos analistas do mercado. Segundo reportagem do Financial Times, a preocupação é com uma possível "bolha de crédito".
O jornal observa que a proporção de empréstimos com pagamentos atrasados por mais de 90 dias vem crescendo rapidamente nos últimos meses e, na avaliação da Serasa Experian, deve chegar a 8% até o final do ano.De acordo com Maciel, do BC, a estrutura de crédito do Brasil, frente a outros países, tem um diferencial grande, que é a pariticpação do crédito habitacional muito menor do que os demais países. "Agora que voce tem um crédito habitacional crescendo de forma mais expressiva, superou 4% do PIB. É um percentual, para os padrões internacionais, baixo", declarou.Para diminuir os riscos na concessão do crédito, o Banco Central anunciou, em dezembro do ano passado, medidas macroprudenciais para proporcionar mais segurança.A autoridade monetária aumentou a alíquota dos compulsórios, retirando mais de R$ 61 bilhões da economia (recursos que poderiam ser emprestados) e aumentou a exigência de capital dos bancos para operações de crédito de prazo mais longo para pessoas físicas.

Juros bancários sobem em maio para maior nível em mais de 2 anos

Taxa de 40% ao ano em maio é mais alto desde fevereiro de 2009.No caso do cheque especial de pessoa física, taxa é maior em 12 anos.

Alexandro Martello Do G1, em Brasília

Os juros cobrados pelos bancos em suas operações de crédito, quer sejam com pessoas físicas ou com empresas, subiram para 40% ao ano em maio de 2011, segundo informou o Banco Central nesta terça-feira (28).O crescimento frente ao mês de abril foi de 0,1 ponto percentual, visto que a taxa estava em 39,9% ao ano. O patamar de maio é o mais elevado desde fevereiro de 2009 (41,3% ao ano), segundo o BC.
Já a taxa média de juros nas operações dos bancos com as pessoas físicas permaneceu estável em 46,8% ao ano em maio. Deste modo, permanece no patamar mais elevado desde maio de 2009, quando somou 47,2% ao ano. Ao mesmo tempo, também cresceram os juros cobrados nas operações com empresas, que passaram de 31% ao ano em abril para 31,1% ao ano em maio.
Medidas do BC
A subida na taxa básica de juros cobrada pelas instituições financeiras já era esperada e acontece após a decisão da autoridade monetária, no começo de dezembro, de aumentar a alíquota do recolhimento compulsório dos bancos, retirando R$ 61 bilhões da economia. Segundo pesquisa realizada pelo BC com o mercado financeiro, a medida equivaleu à uma subida da taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual.
Além disso, para controlar a inflação, o Banco Central elevou a taxa básica de juros de 10,75%, no fechamento de 2010, para 12,24% ao ano em junho deste ano, um crescimento de 1,5 ponto percentual. A subida da taxa básica de juros também contribui para pressionar para cima os juros das operações de crédito dos bancos. O objetivo do governo, com estas medidas, é tentar conter a subida da inflação, registrada nos últimos meses.
Principais linhas de crédito
Em maio, a taxa média dos bancos nas operações com cheque especial de pessoas físicas somou 185,4% ao ano. Trata-se do maior patamar registrado em 12 anos, desde abril de 1999, quando estava em 193,6% ao ano. Com isso, o juro do cheque especial continua sendo um dos mais altos de todas modalidades, juntamente com o cartão de crédito.Para as operações de crédito pessoal com pessoas físicas, a taxa média cobrada pelas instituições financeiras somou 49,7% ao ano em maio, com queda de 0,2 ponto percentual na comparação com abril deste ano (49,9% ao ano). Para aquisição de veículos, os juros médios das operações dos bancos somaram 30,4% ao ano em maio, contra 30,9% ao ano em abril.No caso das linhas de crédito de empresas, a taxa para desconto de duplicata passou de 46,1% ao ano em abril para 42,3% ao ano em maio. Para capital de giro, os juros médios dos bancos foram de 29,4% ao ano em maio deste ano, contra 29,8% ao ano em abril deste ano.

Juro do cheque especial atinge 185,4% anuais

Valor OnLine
 
BRASÍLIA - A taxa de juro do cheque especial passou de 178,1% anuais em abril para 185,4% anuais em maio, com acréscimo de 7,3 pontos percentuais. Em 12 meses, houve aumento de 25,1 pontos. As informações foram apresentadas pelo Banco Central (BC).O spread (ganho com a diferença entre o custo de aplicação e o custo de captação) cobrado pelos bancos nessa operação subiu 7,3 pontos, ficando em 173,9% ao ano. Em 12 meses, a elevação foi de 22,2 pontos.
O juro do crédito pessoal caiu 0,2 ponto, para 49,7%. Em 12 meses, contudo, houve adição de 6,7 pontos. Dentro dessas operações, a taxa média dos empréstimos com desconto em folha de pagamento declinou 0,3 ponto, indo a 28,2%. Em 12 meses, no entanto, subiu 1,3 ponto.As taxas médias das operações tradicionais de crédito pessoal corresponderam a 65,6%, sem mudança no confronto mensal, mas incremento de 8,6 pontos em 12 meses.Nas outras modalidades de crédito à pessoa física, o custo médio do empréstimo para aquisição de veículos diminuiu 0,5 ponto no mês passado, para 30,5% anuais. Em 12 meses, houve ampliação de 5,6 pontos. As taxas de empréstimos cobradas para aquisição de bens variados - como eletroeletrônicos, por exemplo - avançaram 2,9 pontos no comparativo mensal, para 57,7%.
(Azelma Rodrigues | Valor)

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