Pai condenado por assassinar os dois filhos no ES foge da cadeia

Comerciante Marcos Itiberê escapou do IRS na noite desta sexta-feira (5).Ele confessou que matou as crianças em maio de 2000.

Do G1 ES

Marcos Itiberê foge do Instituto de Readaptação
Social (Foto: Nestor Muller / Arquivo A Gazeta)

O comerciante Marcos Itiberê Rodrigues de Castro Caiado, que foi condenado por assassinar os dois filhos em maio de 2000, em Vila Velha, fugiu, por volta de 21h30 desta sexta-feira (5), do Instituto de Readaptação Social (IRS), na Glória, em Vila Velha. Ele estava preso desde setembro de 2009.
Segundo a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), Itiberê conseguiu fugir após serrar uma grade da cela onde estava e pular a muralha da unidade prisional com o auxílio de uma “teresa” (corda artesanal feita com lençois). A Corregedoria da Sejus está ouvindo os servidores que estavam no IRS, nesta sexta-feira, para apurar as circunstâncias do fato.De acordo com a Sejus, ele cumpria pena em regime fechado na Penitenciária de Segurança Máxima I, em Viana e foi transferido para o IRS devido a uma decisão judicial. Quando os agentes do IRS perceberam a fuga solicitaram reforço e agentes da Diretoria de Inteligência da Sejus e policiais militares realizaram buscas na região durante toda a madrugada, mas, o preso ainda não foi recapturado.
CrimeNo dia 14 de maio de 2000, o comerciante assassinou os dois filhos, Marcos Itiberê Filho, 9 anos, e Gabriela, de 7 anos. As crianças foram mortas com tiros e pancadas na cabeça. Elas foram foram cobertas com colchões e colocadas dentro de um armário, no edifício Homero Massena, no Centro de Vila Velha. Onze dias após o crime, os corpos foram encontrados pelo pai de Itiberê.
Na época, o comerciante havia alegado transtornos mentais, que foram descartados após exame solicitado pela Justiça. O exame revelou que ele estava perturbado, mas tinha consciência do que estava fazendo. Após uma rápida passagem pelo manicômio judiciário, Itiberê foi transferido para o MOSESP, em Viana. Ele estava, atualmente, no IRS.

Crianças haviam sido escondidas em um cobertor, dentro de um armário (Foto: Chico Guedes/ Arquivo A Gazeta)