O libanês Yousseff Wahid é visto em Londres com uma mala onde estaria o corpo de Fatima Kama
Na época do assassinato de Fatima Kama, ele foi flagrado pelo circuito interno de TV do aeroporto empurrando a mala em um carrinho, mas em seguida o ex-comissário da Kuwait Airways fugiu para Beirute.
"O juiz e o júri em Londres nos deram algo que estávamos esperando por anos", disse o pai da vítima, Bouchaib, a jornalistas.Mesmo após receber a sentença, Wahid não esclareceu os motivos que o levaram a estuprar e esfaquear a cantora.Ele foi descrito pelo juiz no caso como um "homem inteligente, evasivo e manipulador" que não demonstrou nenhum remorso.
Presentes caros
Fatima Kama nasceu no Marrocos, mas tinha nacionalidade canadense, e ganhava a vida cantando em festas e casamentos árabes.A cantora árabe Fatima Kama
Fatima podia ser vista com frequência em boates e cassinos, começou a namorar um árabe rico e esperava conseguir gravar um disco."Ela era uma jovem mulher animada e atraente que tinha diversos admiradores ricos", disse o promotor Adrian Darbishire durante o julgamento.Quando voltou a Londres após uma viagem ao Canadá para comemorar seu aniversário de 28 anos, ela foi informada de que teria que dividir seu apartamento com Youssef Wahid, irmão do proprietário, Adel Wahid.
No dia de sua morte, uma semana depois, ela havia tirado do banco jóias e dinheiro, em um total estimado em US$ 80 mil (R$ 150 mil).Youssef Wahid estuprou Fátima e a esfaqueou e depois colocou seu corpo em uma mala grande e o levou de táxi até o aeroporto de Heathrow.
Extradição única
Depois que Wahid fugiu para Beirute, as autoridades libanesas foram contactadas e após dois anos de investigações, ele foi condenado à morte, mas na época ele já havia fugido do país, possivelmente para a Arábia Saudita."Ele foi procurado por anos e anos. Ele passou 11 ou 12 anos olhando por cima do ombro e esperando uma batida na porta", disse o investigador John McFarlane."Ele achou que estava seguro no Bahrein porque o país não tem tratado de extradição com o Reino Unido, mas conseguimos negociar a extradição neste caso. Foi a primeira vez que alguém foi extraditado do Bahrein para o Reino Unido."
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