Em São Paulo
- Foto do cinegrafista Gelson Domingos da Silva, 46, morto neste domingo durante uma operação do Bope na Favela dos Antares, no Rio de Janeiro
Segundo a PM, o objetivo da operação, que reuniu cem policiais do Bope, "era checar informações da área de inteligência de que líderes do tráfico fortemente armados se reuniam no local". Houve apreensão de armas e drogas.O cinegrafista foi atingido com um tiro na região do tórax, segundo informou em nota a Secretaria de Estado de Saúde. Ele chegou a ser levado a uma UPA (Unidade de Pronto-Atendimento), onde chegou às 7h40, já sem vida. Foram feitas tentativas de reanimação, mas sem resultados. O corpo já foi transferido para o IML. Em nota, o Grupo Bandeirantes lamentou a morte do cinegrafista e informou que ele estava usando colete à prova de balas, o que é obrigatório para jornalistas que acompanham as operações policiais e permitido pelas Forças Armadas, mas que ele "provavelmente foi atingido por um tiro de fuzil" que teria perfurado o colete. Gelson Domingos deixa três filhos, dois netos e mulher. Repórter cinematográfico da TV Bandeirantes, ele já trabalhou em outras emissoras como SBT e Record e "sempre foi reconhecido pela experiência e cautela no trabalho que exercia", diz a nota da emissora. O enterro do cinegrafista foi marcado para amanhã, no Cemitério do Caju, zona portuária do Rio.De acordo com a rádio CBN, Domingos ainda teria filmado o traficante que efetuou o disparo contra ele. A Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio informou que vai usar as imagens feitas pela câmera do cinegrafista para investigar o caso.
A assessoria da Secretaria de Segurança Pública informou que a imprensa não havia sido convocada para acompanhar a operação, devido ao elevado risco envolvido.
*Com informações da Agência Brasil, rádio CBN e Globo News
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