Hospital alega que não recebe da prefeitura desde 2008; administração municipal nega
05/11/2011 - 19:20
EPTV
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A Santa Casa de Mogi Mirim ameaça suspender todos os atendimentos do pronto-socorro pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no fim deste ano caso a prefeitura não pague os repasses devidos desde 2008. Segundo o diretor-executivo da Santa Casa, Ronaldo Albuquerque de Carvalho, o contrato vence no dia 19 de dezembro. "A prefeitura vem negando sistematicamente o repasse de verba. Durante três anos e meio nós mantivemos o atendimento de especialidades, mas chegamos em uma situação insustentável. O que nós estamos vivendo aqui é uma inversão de papéis", explica o diretor-executivo.
A falta do repasse já afeta o atendimento de várias especialidades. Desde o dia 20 de outubro, médicos das áreas de buco-maxilo, urologia, cirurgia vascular e neurologia deixaram de atender pacientes pelo SUS. Em casos que precisam de outras especialidades, como ortopedia, o clínico-geral atende o paciente no pronto-socorro e, caso necessário, chama um médico especialista, que faz o atendimento à distância. Em outras situações, as pessoas são encaminhadas para centros de saúde.
A EPTV esteve no hospital e pacientes reclamam da falta de estrutura no local. O pai da dona de casa Márcia Helena Mendes, por exemplo, queimou o pé mas não conseguiu fazer o tratamento pelo SUS com um médico vascular. A família teve que pagar R$ 250 por uma consulta particular.
A Prefeitura de Mogi Mirim nega que tenha deixado de repassar qualquer valor à Santa Casa. De acordo com a administração municipal, o repasse de R$ 1,5 milhão é feito mensalmente ao hospital. A administração municipal pediu ao Ministério Público que investigue as contas da instituição de saúde para saber como o dinheiro está sendo gasto. Segundo a prefeitura, somente depois das investigações as negociações serão retomadas com a Santa Casa.
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