quinta-feira, 12 de abril de 2012

Estrela do thriller '12 horas', Amanda Seyfried diz que seria capaz de matar

Atriz é protagonista do 1º trabalho hollywoodiano do brasileiro Heitor Dhalia.
'Ele é um diretor nato. Tivemos uma experiência incrível', declarou ao G1.

Claudia Ciuffo Especial para o G1, de Los Angeles (EUA)


Carinha de anjo, Amanda Seyfried é do tipo que entra discretamente no salão. Mas, em cinco minutos de conversa no Four Seasons Hotel, em Beverly Hills, a moça aparentemente tímida vira o jogo. Confessa que tem pavor de dar entrevistas em talk-shows: “é estranho, mas eu tenho medo de desmaiar na frente das câmeras”. Para relaxar, toma algumas doses de um bom uísque. E, para exterminar de vez a impressão angelical, fala firme: “sim, eu seria capaz de matar em legítima defesa”.

Ela está orgulhosa de Jill, personagem que interpreta no thriller “12 Horas” (“Gone”), uma produção da Summit/Lakeshore Entertainment, dirigida pelo brasileiro Heitor Dhalia, que estreia no Brasil nesta sexta-feira (13). Heitor faz sua estreia em Hollywood, depois de ser reconhecido no Brasil pelos consagrados “Nina”, “O cheiro do ralo” e “À deriva” .

No longa, ao chegar em casa após um longo dia de trabalho, Jill descobre que Molly, sua irmã, está desaparecida. A personagem de Amanda tinha escapado de um sequestro um ano antes, e está convicta de que o mesmo homem é também o responsável pelo desaparecimento da sua irmã. Desacreditada pela polícia, Jill não se intimida e começa uma busca frenética e solitária por Molly.É a primeira vez que trabalho com um diretor brasileiro, mas ele tem um olhar cinematográfico fantástico, sabe o que faz e o que quer"
Amanda Seyfried, atriz
Na trama, que se passa num período de 12 horas, acompanhamos o desespero, o medo e os momentos de tensão de Jill para encontrar o paradeiro de Molly.Fã de Alfred Hitchcock, Amanda sempre quis viver a heroína de um thriller. “Para compor uma personagem como esta, é preciso fazer uma viagem pelos nossos próprios medos. Na cena em que fico presa no fundo de um buraco, por exemplo, o fato de eu ser claustrofóbica me ajudou. Imaginei o buraco ainda mais fundo e me apavorei. O que vocês viram sou eu mesma, em pânico. Foi desafiador”, revela.

Aos 26 anos de idade, Amanda Seyfried será ainda Cosette, no filme ainda em produção “Les miserables”, e já estrelou a versão cinematográfica de “Mamma mia”, mas ganhou projeção em 2006, no seriado “Big love”, uma produção da HBO. Ela confessa, porém, que não sente saudades de Sarah, personagem que a lançou no show business: “É difícil fazer televisão, repetir o mesmo personagem por muito tempo, só se fosse um show como ‘Homeland’. Claire Danes, atriz de cinema, aceitou este papel porque, além de ser brilhante, são apenas 12 episódios por ano. Isso eu faria”.Ao responder por quais trabalhos é mais reconhecida, Amanda se impressiona por serem duas comédias românticas - “Mamma mia” e “Cartas para Juliet”- e não disfarça o contentamento de ter participado dos bem-sucedidos filmes “Dear John” e “Chloe”. Mas ela mal pode esperar mesmo pela sua estreia em “Lovelace”, onde interpreta a personagem principal Linda Lovelace, atriz pornô americana conhecida por “Garganta profunda”. “Adoro viver pessoas reais”, diz Amanda completando que seu pai está orgulhoso deste trabalho: “Ele quer que eu faça jus à imagem de Linda”.Amanda se orgulha em dizer que chegou a um ponto da sua carreira em que pode escolher a dedo os trabalhos que faz - o que mais pesa na decisão, além de um script cheio de emoção e viradas, é o diretor. Ela destaca a importância de ter tido toda a liberdade para criar sua Jill. Mérito do diretor brasileiro Heitor Dhalia, diz. “Não conhecia Heitor antes, é a primeira vez que trabalho com um diretor brasileiro, mas ele tem um olhar cinematográfico fantástico, sabe o que faz e o que quer, ele é um diretor nato. Tivemos uma experiência incrível”, diz Amanda.E um assunto leva ao outro. Perguntada se já foi ao Brasil, conta: “Não! Você acredita que tinha planejado ir passar o ultimo réveillon com uns amigos em São Paulo e, em cima da hora, não deu certo, cancelamos e ficamos todos entocados aqui mesmo (em Los Angeles). Mas estou me devendo esta viagem, pretendo ir em breve”.

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