Violência ocorreu na segunda-feira, em escola estadual de São Carlos, SP.
Alunos suspeitos foram suspensos e cumprirão medidas socioeducativas.
“Eu não queria isso. Portanto, eles fizeram isso com a vontade deles, não com a minha”, disse a menina de 11 anos vítima de estupro dentro da sala de aula da Escola Estadual Professor Orlando Perez, no bairro Cidade Aracy, em São Carlos (SP). A denúncia foi registrada nesta segunda-feira (7) no Plantão Policial pela mãe da aluna, que cursa a quinta série. A titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), Denise Gobbi Szakal, explicou que o caso é considerado estupro de vulnerável, já que a vítima tem menos de 12 anos. “Hoje a prática de atos libidinosos ou com junção carnal, elas se enquadram no estupro”.A vítima, ainda assustada, contou que foi abordada por quatro colegas de classe, durante a troca de professores. “Eu comecei a me debater pra me jogar no chão, como eles eram muito fortes, eu não consegui. Um segurou a perna, com a minha perna aberta, e o outro me segurou nos braços, com os braços pra trás”.
Menina contou como foi violência que sofreu dentro de sala de aula. (Foto: Reprodução/EPTV)
A menina disse ainda que os meninos só pararam depois que uma inspetora
chegou. De acordo com o boletim de ocorrência, tudo foi visto pelos
demais alunos que também estavam na sala de aula. A estudante disse que,
em nenhum momento, permitiu a violência.A mãe da vítima disse que espera dos pais e da Justiça que os alunos sejam punidos. “Pra que isso não venha acontecer com outra criança, porque, querendo ou não, eles chegaram a passar a mão na minha filha. Só foi uma passada de mão, hoje foi só isso. Se eu não corro atrás, amanhã ou depois pode ser coisa pior”.
Alunos suspensos
A direção da escola suspendeu por cinco dias os alunos acusados de participar do abuso. Segundo a polícia, três deles, que têm entre 12 e 14 anos, serão encaminhados a um centro de recuperação de menores infratores e deverão cumprir medidas socioeducativas. O outro estudante, de 11 anos, será acompanhado pelo Conselho Tutelar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário