Principal suspeito confessa homicídio, mas nega ser canibal.
Celsimar Ferreira foi transferido de MG para GO na noite de quinta-feira (24).
O homem suspeito de ter cometido homicídio seguido de canibalismo, Celsimar Ferreira, de 35 anos, foi transferido de Minas Gerais para Goiás na noite de quinta-feira (24). O detento confessou o crime em entrevista à TV Anhanguera, mas negou qualquer ato de canibalismo. “O negócio foi que eu o matei, joguei dentro do córrego e pronto. Isso de beber sangue, comer coração e o que mais eles estiverem falando aí é só conversa. Isso ele [o corpo da vítima] fez foi perder [parte dos órgãos] lá dentro d’água”, enfatiza Celsimar Ferreira.Celsimar foi preso na quarta-feira (16) da semana passada em Minas Gerais. Por segurança, ele não foi levado de volta a Pires do Rio, onde o crime aconteceu, mas para Santa Cruz de Goiás, uma cidade vizinha.Agora, o delegado Eduardo Eustáquio Rezende, que investiga o caso, pensa em refazer os passos de todos os envolvidos, para tentar descobrir o que realmente aconteceu. “Nós fizemos uma reconstituição para tentar entender a cena criminosa, que está nos autos. Mas se a coisa caminhar para ficar em dúvida quanto a pequenos detalhes da execução do crime, nós vamos fazer a reconstituição com peritos oficiais”, diz.
Sangue
O depoimento de uma das pessoas que estava presente no dia do crime esclareceu algumas dúvidas e aproximou ainda mais a suspeita de canibalismo. O lavrador Marcos Rodrigues era um dos homens que estava na casa. Ele acredita que suspeito realmente fez algum coisa com o corpo. “Eu encontrei ele [o suspeito] já com o rosto sujo de sangue, o peito e a mão também sujos de sangue. E ele falando assim ‘eu falei que ia beber seu sangue’, mas eu não o vi fazendo isso”, conta Rodrigues. O delegado Eduardo Eustáquio Rezende que investiga o caso também acredita que houve canibalismo e que há indícios de magia negra. “Para nossa tristeza, tudo indica que é verdade essa prática de canibalismo”, afirma.
Crime
Segundo a polícia, Celsimar Ferreira é suspeito de matar um homem de 32 anos em janeiro deste ano. Ainda de acordo com a polícia, o suposto autor, a vítima e outros dois colegas estavam em uma casa usando drogas quando houve uma discussão e o assassinato. O corpo da vítima só foi encontrado 14 dias depois, às margens de um córrego. O laudo da perícia, divulgado no mês de maio, confirmou que partes do coração, do fígado e do pulmão tinham desaparecido.
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