sábado, 19 de maio de 2012

Tradutor tenta na Justiça operação peniana pelo SUS em Rio Preto, SP

Tradutor quer aumentar órgão sexual de 17 cms. e alega ter disfunção erétil.
MP pediu à Secretaria da Saúde laudo médico para identificar patologia.

Do G1 Rio Preto e Araçatuba

Um caso inusitado aconteceu em São José do Rio Preto (SP) nesta semana. Um homem procurou a Justiça para solicitar ao Sistema Único de Saúde (SUS) o pagamento de uma cirurgia de aumento peniano. O homem tem 30 anos e é tradutor. Segundo ele, o órgão sexual mede 17 centímetros e isso o faz ter depressão e disfunção erétil. Por isso, quer uma cirurgia que faça o pênis chegar aos 25 centímetros.Nesta sexta-feira (18), o Ministério Público solicitou um laudo à Secretaria de Saúde para identificar se o problema realmente existe. Se a patologia for constatada, ele poderá entrar na Justiça para conseguir o direito de fazer a cirurgia pelo SUS. Para isso, deverá procurar um advogado e entrar com uma ação.

Segundo especialistas, a cirurgia buscada por ele só é indicada a pacientes com micropênis (menores que 5 centímetros), que tem intersexo (hermafroditas) ou para amputações em razão de tratamentos de câncer e acidentes.O homem alega ter procurado cerca de dez médicos, entre eles cirurgiões, urologistas, clínicos gerais e psiquiatras. Nenhum deles forneceu um lado que comprove a necessidade. “O clínico me mandou para o psiquiatra, que me enviou para o urologista. Consultei dois que me disseram que minha patologia é normal, que a cirurgia é desnecessária e me enviaram novamente para o psiquiatra. Não sou louco, tenho um problema. Por que mulheres podem colocar silicone pelo SUS e eu não posso ter um aumento peniano? Quero justiça”, disse o tradutor.
Segundo a Secretaria de Saúde da cidade, o pedido do Ministério Público ainda não foi recebido. Assim que o pedido for protocolado, ele será analisado e o caso será avaliado por médicos, conforme solicitação do Ministério Público.O tradutor já procurou o Hospital de Base de Rio Preto para realizar a cirurgia, mas recebeu a informação que a instituição não faz este tipo de procedimento. “Já estou há 18 meses tentando isso. Eu não estou feliz com o meu órgão sexual, tenho problemas de relacionamento, não o aceito. Eu não posso fazer particular, não tenho dinheiro para isso. E como cidadão tenho o direito de solicitar ao SUS a cirurgia. Meu caso é médico, não é vaidade”, diz o tradutor.
A colocação de próteses mamárias de silicone feitas pelo SUS é autorizada em casos de remoção do seio com câncer e deformações.

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