"Fiz as cenas de ação até onde meu seguro deixou", diz Colin Farrell sobre "O Vingador do Futuro"

Renato Damião
Do UOL, no Rio

• Colin Farrell apresenta "O Vingador do Futuro" em Copacabana, no Rio de Janeiro (12/7/12)

Colin Farrell participou nesta quinta (12) de uma coletiva para apresentar o filme "O Vingador do Futuro", que estreia dia 17 de agosto no Brasil. A conversa aconteceu em um hotel na zonal sul do Rio e foi marcada pelo bom humor do ator irlândes que afirmou não ter se importado em dispensar o dublê na hora de fazer as cenas de ação do longa dirigido por Len Wiseman. Na nova versão, o agente Douglas Quaid (Farrell), vive em meio a uma trama que mistura realidade e fantasia.

Arnold não retornou minhas ligações. Acho que ele não está nem aí. Ele deve ter mais o que fazer.
Collin Farrel, ao brincar que teria ligado para Schwarzenegger e pedido dicas

"As cenas de ação são sempre muito engraçadas. É muito bom isso de escalar prédio, bater com o carro. Fiz o máximo que pude, até onde meu seguro deixou que eu fosse", contou ele que brincou dizendo ter tentado pedir algumas dicas a Arnold Schwarzenegger, que estrelou a primeira versão em 1990. "Arnold não retornou minhas ligações. Acho que ele não está nem aí. Ele deve ter mais o que fazer", disse Farrell que assistiu ao original quando tinha 14 anos.
"Amei 'O Exterminador do Futuro' e 'O Vingador do futuro'. Me lembro bem quando assisti, com 14 anos. Sei que as pessoas vão comparar. É a mesma história, os diálogos são parecidos, alguns personagens estão condensados, mas quando li o roteiro adorei", afirmou o ator que divide a tela com as atrizes Jessica Biel e Kate Beckinsale --mulher do diretor e par romântico de Farrell no longa.

"É estranho beijar a mulher do diretor no set de filmagens", confessou o ator e prosseguiu: "Mas não tem nenhuma cena muito explícita, eles são um casal frio. Só tem beijo de bom dia". Indagado sobre qual memória gostaria de ter experimentado, tal qual o personagem do filme, Farrell disse que escolheria ter sido um jogador de futebol em homenagem ao pai, que foi jogador profissional. "Na verdade, até achei que faria isso até meus 14 anos, mas aí comecei a perseguir as garotas e fazer aulas de teatro", relembrou.

Sem camisa, Colin Farrell circulou pela orla da praia de Ipanema, zona sul do Rio (11/7/12). O ator está na cidade para promover seu novo filme, o remake de "O Vingador do Futuro" que foi estrelado por Arnold Schwarzenegger em 1990 AgNews

"CAIPIRINHA ME FEZ PARAR DE BEBER", BRINCA COLIN FARRELL
Desde 2006, quando protagonizou "Miami Vice", Farrell está longe das grandes produções. Ele explicou que o fato não se deveu a falta de convites. "Sempre me convidaram, o dinheiro era até bom, mas para você passar três, quatro meses fazendo um mesmo filme é preciso gostar muito do personagem. Isso aconteceu com 'O Vingador do Futuro'", ressaltou ele que se dedicou a produções menores como "Coração Louco", "Na Mira do Chefe" e "Quero Matar Meu Chefe".
"Eu crio meus personagens da mesma forma, não me importo se é uma comédia, um drama, ou uma grande produção. O que importa é a integridade, o conhecimento do personagem. Mesmo em 'O Vingador do Futuro' trabalhei como se estivesse em uma produção estudantil de US$ 50 mil", explicou Farrell quando indagado sobre a escolha por gêneros tão diferentes em sua carreira.
Quando o assunto foi o Rio, o ator fez elogios à cidade. "Tive um dia maravilhoso. Andei de Copacabana até Ipanema, depois fui de carro para o Cristo Redentor, para a Floresta da Tijuca. Também comi em uma churrascaria, pela segunda vez em dois dias. Conheci a favela de Santa Marta. O Rio é uma cidade interessante, colorida, muito bonita", opinou ele que preferiu se manter longe das caipirinhas.
"A caipirinha foi um dos motivos que me fez parar de beber", brincou mais uma vez Farrell, que teve problemas com o álcool no passado. Solteiro, ele ainda disse ainda que não se importaria se alguma namorada sua usasse os biquínis daqui. Quanto aos projetos futuros, ele pensa em fazer filmes independentes na Irlanda e até mesmo dirigir. "Adoro trabalhar com atores, mas seria algo pequeno e pessoal", finalizou.