Três juízes da Corte sugeriram que Silvana e David Goldman, pai de Sean, tentem um acordo que garanta a visitação da avó brasileira.
Caso não consigam, os juízes norte-americanos determinaram que seja realizada uma nova audiência no caso.
Sean é filho de Bruna Bianchi, que morreu no parto do segundo filho, em 2008, quando já não queria voltar aos EUA.
É a primeira vez que Silvana consegue uma decisão favorável da Justiça americana desde que o neto foi levado de volta para os EUA, no Natal de 2009.
Rafael Andrade 20.dez.2012/Folhapress | ||
Silvana Bianchi, avó de Sean, em seu apartamento no Jd. Botânico, na zona sul do Rio |
A advogada de David Goldman, Patrícia Apy, não respondeu aos pedidos de entrevista feitos pela Folha.
DISPUTA
Nascido nos Estados Unidos, Sean veio ao Brasil em 2004 com a mãe, Bruna Bianch, que morreu em 2008. O menino era criado pelo padrasto e pelos avós maternos.
Desde a morte de Bruna, David Goldman e a família brasileira disputam a guarda do menino. O caso ganhou repercussão internacional e envolveu até a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, que cobrou das autoridades brasileiras a devolução do garoto para o país.
Goldman vivia com a brasileira em Nova Jersey desde 1999 --o filho nasceu em 2000. Segundo ele, em 2004, Bruna levou o menino ao Brasil de férias, mas ao chegar ao país avisou que queria o divórcio e que manteria o filho no Rio. Para o pai, o menino foi sequestrado e foi mantido ilegalmente no Rio com os avós.
Reprodução/Dateline/NBC |
O menino Sean Goldman |
Entretanto, Bruna --que se casou novamente--, morreu no parto de sua filha com o segundo marido, em 2008. O padrasto, João Paulo Lins e Silva, assumiu a disputa judicial pela criança.
Os advogados de Lins e Silva argumentaram na Justiça que não há, no caso, desrespeito à Convenção de Haia --como alegou Goldman--, acordo internacional relativo à proteção de crianças e à cooperação sobre adoção. Por ter saído dos EUA acompanhado da mãe, e por ser brasileiro, não teria havido sequestro.
Sean voltou aos Estados Unidos graças a uma decisão do então presidente do STF, Gilmar Mendes, que suspendeu uma liminar que garantia a permanência do menino no Brasil. Sean deixou o Brasil na véspera de Natal de 2009.
Em maio deste ano os advogados de Silvana Bianchi, disseram que ela aceitaria encerrar a disputa jurídica com o pai do garoto se fosse retirada da exigência de pagamento para os advogados de David Goldman, pai de Sean.
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