Lidiane Fernandes se ofereceu como voluntária em Santa Vitória do Palmar.
Coordenadoria de Educação relaciona problema a transferências e licenças.
A falta de professores em uma escola da região Sul do Rio Grande do Sul levou a mãe de um dos alunos a adotar uma medida de emergência. Ela se ofereceu como voluntária. Outro problema enfrentado no colégio é o acesso aos laboratórios, restrito devido ao número de funcionários.
Lidiane Borges Fernandes, mãe de Alan, tomou a decisão ao ver o filho sem poder estudar no terceiro ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual Manoel Vicente do Amaral, em Santa Vitória do Palmar. Os pais reclamavam a ausência de três professores de inglês e português, que acabou afetando 150 alunos.
"É muito triste isso, eu via meu filho em casa, sem fazer nada, não podia continuar assim. Estou gostando muito de trabalhar com eles, mas espero que se solucione rápido", disse Lidiane. "Nós aguardamos uma decisão com a máxima urgência para a contratação desses profissionais", salientou a diretora da escola, Carmem Borges de Oliveira.
O filho de Lidiane, junto com sua turma de 27 estudantes, ficou três dias em casa, sem aula, até que a mãe tomasse a iniciativa por vontade própria. Ela é formada em magistério. Mesmo assim, a 18ª Coordenadoria Regional de Educação diz que atividade que ela se propôs a exercer não é autorizada. Ainda conforme apurou a reportagem do Bom Dia Rio Grande, da RBS TV (veja o vídeo acima), a Coordenadoria justifica a ausência de docentes pelas transferências de escolas e licenças.
"Quando matriculei (o filho) no início do ano, a escola disse que tinha professor, e agora falaram que ia faltar até agosto. A gente se preocupa com isso", lamenta Maicon Pezzopani, pai de um aluno da escola.
O governo avisa que já encaminhou duas professoras e está em processo de admissão de outro profissional para sanar o problema.
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