terça-feira, 16 de outubro de 2012

Família de jogador brasileiro morto na Indonésia não sabe a causa e não pôde presenciar enterro

José Ricardo Leite
Do UOL, em São Paulo
 
  • Bruno Zandonadi, brasileiro que morreu na IndonésiaBruno Zandonadi, brasileiro que morreu na Indonésia
Os familiares do jogador brasileiro Bruno Zandonadi ainda não sabem as causas que levaram o jogador à infecção no cérebro que causou sua morte no último sábado. O atleta defendia as cores do Persikota, clube da Indonésia.
Antes de falecer, Zandonadi chegou a ficar quatro dias em coma no hospital Rumah Sakit Usada Insani, localizado na cidade de Tangerang. No entanto, o jogador não resistiu e acabou morrendo.
O contato do jogador com os familiares, de Taubaté, no interior paulista, era feito por um amigo de Bruno e também jogador na Indonésia. A princípio, a versão inicial era de que a causa poderia ser em função de má alimentação. Mas os familiares não receberam o laudo médico e aguardam ainda que ele seja enviado.“Não sabemos o que ocasionou a inflamação no cérebro. O médico imagina que ele comeu uma bactéria que ocasionou essa infecção”, falou Ricardo Villa, primo do jogador.
“Ninguém sabe [o motivo], dizem que era encefalite por bactéria, mas estamos esperamos o laudo e atestado de óbito que a embaixada do Brasil na Indonésia vai mandar pra gente”, falou Fátima Aparecida Lourenço, tia e madrinha do jogador. O brasileiro era casado com uma mulher da Indonésia e tinha uma filha, Isabel Nazwa Zandonadi. No Brasil, tem um filho de dez anos, Bruno, que vive com sua tia e madrinha. Morando na Indonésia, Zandonadi chegou a se converter para a religião muçulmana para poder casar. Por isso, de acordo com as leis locais, é sua esposa, Arniza Como, quem tinha o direito de decidir o que fazer com o corpo. Os familiares tentaram convencê-la a liberar o corpo para o enterro no Brasil, mas não tiveram sucesso. Ele acabou enterrado no sábado mesmo, sem a presença de nenhum de seus parentes que moram no Brasil.
“A esposa não permitiu que o corpo viesse para o Brasil, falaram que atrasaram o laudo. Já foi enterrado no sábado, morreu de manhã e foi enterrado no mesmo dia. Não deu, tentamos ir pra lá, mas são 30 horas e não daria tempo de chegar. Tentamos [convencer a esposa dele]; no início ela concordou, mas depois ela não concordou. No fundo ela não queria, a lei estava a favor dela, não poderíamos fazer mais nada”, disse Ricardo.“Tentamos falar com ela, meu marido falou com ela pra pedir pra o corpo voltar ao Brasil. Nós falamos que queríamos o corpo no Brasil. Ela falou “está bem, sem problema”. E depois o Michel [jogador amigo de Bruno que mora na Indonésia] disse que ela não queria que o fosse para o Brasil. Ela disse que não teria jeito”, endossou Fátima.
Bruno foi revelado pelo Taubaté e jogou também no Mogi Mirim antes de ir para a Indonésia, em 2004. Em 2007 se casou no país.

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