Blitz flagra uso de maconha pela 1ª vez

A blitz da Lei Seca flagrou ontem, pela primeira vez, um usuário de maconha. O governo do estado havia anunciado, na sexta-feira, que passaria a usar um kit antidrogas nas blitze. Na primeira madrugada da nova operação, a fiscalização se concentrou na região do Sambódromo, onde ocorria o desfile das escolas de samba. Na cidade, 210 condutores foram abordados. Foram registradas 45 infrações –14 por condução de veículos após consumo de álcool ou de outras substâncias psicoativas. As demais foram infrações de trânsito. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) passou pelos locais de fiscalização. “A lei não pula Carnaval”, afirmou.

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O rapaz pego com droga, porém, não foi autuado por crime de trânsito. Apesar de o novo aparelho usado nas operações – que detecta entorpecentes – ter dado positivo, os peritos consideraram que o motorista não estava com a capacidade psicomotora alterada. O caso ocorreu à 1h30 na Ponte das Bandeiras. O condutor, cujo nome não foi revelado, deve ter o direito de dirigir suspenso e pagará multa de R$ 1.915,40, mas não chegou a ser preso. O kit antidrogas, usado pela primeira vez com ele, é composto basicamente de um aparelho que identifica anticorpos presentes na saliva após o consumo de entorpecentes e de materiais descartáveis para os exames. A saliva é colhida com uma espuma e analisada na nova ferramenta. O teste demora cerca de 10 minutos. Não basta, porém, que o exame aponte a presença de drogas para que o motorista seja enquadrado no artigo 306 do CTB (Código de Trânsito Brasileiro), que prevê de seis meses a três anos de prisão. O texto do artigo diz que a droga tem de ter afetado a capacidade psicomotora do condutor. Isso depende da análise de um perito – ou de outras provas, como o testemunho de policiais ou gravações em vídeo. O motorista flagrado ontem foi enquadrado no artigo 165 do CTB, que prevê somente multa e suspensão da carteira.