quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Conheça super-heróis que assumiram a homossexualidade nas HQs

Até relativamente pouco tempo atrás, o universo dos Super-heróis era (quase) todo cheio de testosterona e certo preconceito tão mascarado quanto eles e suas identidades secretas. Mas, depois das conhecidas Era de Ouro e Era de Prata dos quadrinhos, a indústria sofreu com as vendas despencando e encontrou um novo nicho para crescer: humanizar os super-humanos. Surgiram, então, personagens homossexuais. Ao lado, você vê um beijo de Wolverine, do X-Men, e Hércules, em um universo paralelo criado pela Marvel. Veja mais na galeria a seguir.

Justiça Encapuzada e Capitão Metrópole
Na obra seminal e perturbadora de Alan Moore e Dave Gibbons, Watchmen, os heróis eram humanos num mundo quase real – com exceção da existência de um único super-herói, capaz de controlar todas as partículas, chamado Dr. Manhattan. Dois membros do grupo chamado Minutemen, o primeiro a existir, nos anos 40, Justiça Encapuzada (1º, da dir. para esq.) e Capitão Metrópole (3º, da dir. para esq.) mantinham uma relação amorosa, ainda que bastante velada. Silhouette (à esq.) também era homossexual - e morreu assassinada na cama, com a amante. A foto ao lado pertence ao filme de Zack Snyder, lançado em 2009.

Hulking e Wiccan
Integrantes do grupo Novos Vingadores, os personagens adolescentes foram criticados por alguns leitores, mas defendidos pelos escritores. No ano em que foram criadas, em 2005, as revistas se tornaram as primeiras da editora Marvel a ganhar o prêmio de Melhor Revista em Quadrinhos, no GLAAD Awards (criado por uma ONG homônima que luta contra o preconceito aos homossexuais).

Alan Scott, Lanterna Verde

Quando a editora DC anunciou que estava organizando um grande reboot de todo o seu universo – ou seja, eles iriam apagar tudo feito anteriormente e iniciar as histórias do zero –, ela avisou que algum dos personagens mais antigos se revelaria homossexual. Depois de muita especulação – falou-se de Batman, Superman e até da Mulher-Maravilha –, a identidade foi revelada: Alan Scott, um dos muitos Lanternas Verdes terráqueos. Ele, aliás, foi o primeiro dessa safra, criado há 70 anos. Nas duas outras vezes que recontaram a história de Scott, ele era casado com uma mulher.
Katherine Kane, Batwoman

A atual Batwoman, Katherine Kane, já havia se declarado lésbica há muito tempo. Mas, em tempos de debate nos Estados Unidos sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo, os roteiristas da história da moça encontraram uma maneira de expressar a posição deles: na edição 17 da história da heroína, lançada há uma semana, Kathy pede a mão da namorada, a capitã Maggie Sawyer, em casamento.
Brian Falsworth, Union Jack

Brian Falsworth, conhecido pelo nome do herói Union Jack, era uma versão britânica do Capitão América – ele também lutou durante a Segunda Guerra Mundial e ganhou seus poderes com a Fórmula do Super Soldado. Ele e seu amigo e amante Roger eram simpatizantes da Alemanha, antes da guerra, nos anos 30, e chegaram a ir para lá. Logo eles perceberam a natureza do regime nazista e tentaram escapar: Brian foi preso e Roger foi entregue para pesquisas científicas. Brian escapou e se tornou Union Jack, já Roger passou por uma lavagem cerebral e sofreu mutações até se transformar no Dyna-Mite.

Jean-Paul Beaubier, Estrela Polar

O primeiro personagem da Marvel a assumir a homossexualidade, em 1992, Jean-Paul Beaubier também foi o primeiro a protagonizar um casamento gay na história dos quadrinhos de super-heróis, em Astonishing X-Men, na edição 51, em maio de 2012. Ele e o marido Kyle adotaram um bebê com o vírus HIV. Nas HQs, Jean-Paul publicou uma autobiografia chamada Born Normal para contar como era a sua vida como mutante e homossexual.

Apollo e Midnighter

Apollo (esq.) e Midnighter também são casados. Eles, juntos, adotaram a garota Jenny Quantum, nascida em Singapura, para viver como filha deles. Ela desenvolveu poderes e se tornou líder do grupo de heróis chamado The Authority.

Lord Fanny

Lord Fanny na verdade é um homem, Hilde Morales, herdeiro de uma linhagem de mulheres com poderes mágicos. Mas, ainda assim, conseguiu despertar essas habilidades mágicas. Ele, nascido no Brasil, foi criado como mulher e tornou-se Lord Fanny.

Thom Creed, de Hero

Thom Creed é um herói que não vem das histórias em quadrinhos, mas, na verdade, de um livro. A publicação, do escritor Perry Moore, mostra a vida de um jovem adolescente homossexual que precisa lidar com a descoberta da sexualidade em um ambiente hostil – inclusive em casa. Um detalhe: ele e o pai possuem superpoderes.

Wolverine e Hércules

Por fim, o último casal a se formar nas HQs. Ainda que seja em um mundo paralelo, com personagens de universos que não são os principais, a Marvel se mostrou ousada em criar um romance entre Logan e Hércules – este já havia se declarado bissexual.

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