segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Grazi Massafera tem cena de sexo com frentistas e 'passa o rodo' em novela das 9-Polêmica, nova novela traz mocinha espancada, gay enrustido e ninfomaníaca

Destemida, a nova personagem de Grazi Massafera é uma mulher que gosta muito de sexo. Desde o primeiro capítulo de O Outro Lado do Paraíso, nesta segunda-feira (23), Lívia falará "daquilo" sem tabus. Com fama de "rodada", ela verá no médico Renato (Rafael Cardoso) a chance de ter um namoro sério e virar a página.

O romance não dará certo. Revoltada, a personagem seduzirá um frentista e depois outro, em cenas que indicarão transas atrás da bomba de gasolina de um posto. O termômetro vai subir mesmo nas sequências da atriz, principalmente nessas primeiras semanas. "Mexe com o psicológico inventar uma pessoa. Mas essa personagem é mais difícil por ser tão distanciada de mim. Me dá muito trabalho", conta Grazi. Ainda assim, ela diz que viciada Larissa, de Verdade Secretas (2015), continua sendo o papel mais pesado de sua carreira. Ela não começará como vilã, mas como a filha da grande malvada da história. Seu comportamento vai mudar quando descobrir que não poderá ser mãe, como sempre sonhou. Na virada da primeira para segunda fase da trama, que acontecerá no 30º capítulo, Lívia se apoderará do sobrinho, filho de seu irmão, Gael (Sergio Guizé), e da cunhada, Clara (Bianca Bin). Ela criará o menino como seu durantes dez anos. Grazi explica que sua mãe na trama, Sophia (Marieta Severo), fará de tudo para ter as esmeraldas das terras de Clara. "A Lívia só quer gerar um filho, mas ela não pode. Isso não justifica fazer o que ela faz. Roubar o filho de alguém, porém, a gente não pode esquecer que ela não é uma mocinha. Eu a classifico como uma mocinha que não deu certo", resume. Lívia tentará ter boas atitudes, mas pertence à uma família agressiva, foi muito mimada e é carente de amor. Se torna, então, resultado desse meio. "Olha essa mãe, olha essa família, eles são doidos.

Sabe aquela pessoa que tudo o que ela quer, ela tem? Então, a Lívia é assim. Sabe pequenos psicopatas? A gente convive com eles o tempo inteiro. Eu acho que ela faz parte desse grupo, de pequenos psicopatas." Assim como Luciane, de A Lei do Amor, Lívia tem humor. Só que é menos engraçada, mas ácida. É ferina com todos à sua volta. Uma de vítimas é a irmã, Estela (Juliana Caldas). Por causa da baixa estatura, a anã será motivo de piada a toda hora na boca da personagem de Grazi. A relação de Lívia com Renato começará no casamento de Clara e Gael. O médico será expulso em um ataque de ciúmes do noivo. Lívia irá atrás dele com champanhe, e os dois farão sexo sem compromisso. Ela o avisará logo de cara da sua má fama por ter saído com muitos homens em Palmas (TO), cidade que ambienta a história, para onde o médico acaba de se mudar, em busca de crescimento profissional. Ele trabalhará em um hospital da cidade e também como voluntário no quilombo onde Clara dará aulas até se casar. "O Renato se encanta um pouco com ela, por ela ser livre, meio sem lei. Ela tem uma lado de mulher selvagem que encanta os homens. Só que ter relação com pessoas assim fica mais complicado. É isso que vai acontecer", adianta. Assim como o irmão, que é possessivo, será uma crise de ciúmes de Lívia que gerará o rompimento do casal. "Eu acho que ela é doentinha. É muito ciumenta, o irmão, o Gael, é muito ciumento, e isso não tem como não ser de família", diz Grazi. O Outro Lado do Paraíso traz paisagens lindas do Tocantins, mas o que causará impacto são os temas fortes escolhidos pelo autor Walcyr Carrasco. A estreia desta segunda-feira (23) é um caldeirão de polêmicas. Traz Grazi Massafera na pele de uma devoradora de homens, Sergio Guizé interpretando o agressor da mocinha inocente de Bianca Bin e Eriberto Leão no papel de um homossexual enrustido que odeia ser gay. E tem mais. Marieta Severo faz a vilã Sophia, mas não é qualquer megera, não. Gananciosa, ela não pestanejará em mandar matar para ter o que quer. Já na primeira semana, a personagem mostrará ainda que tem horror a uma de suas filhas, Estela (Juliana Caldas), porque a caçula é portadora de nanismo. Apenas um núcleo da trama será ambientado no Rio de Janeiro. Nele, dois personagens vão agir para destruir o casamento de Elizabeth (Gloria Pires) com Henrique (Emílio de Mello). Na primeira fase da trama, ela será dada como morta após a explosão de uma lancha. Elizabeth virará Duda e sofrerá com depressão e alcoolismo, tentará até suicídio. O autor usará o primeiro mês da trama para mostrar os personagens há dez anos. Depois, ele dará um salto no tempo para fazer Clara (Bianca Bin) escapar do manicômio onde foi trancada durante todo esse período. Começará aí a saga vingativa da mocinha. Carrasco explica que a novela tem como matriz a lei do retorno, mas não quer dar spoiler. "A lei do retorno é vingança, mas tem que assistir para ver", fala. Com sucessos consecutivos em diferentes faixas de horário _Eta Mundo Bom! (2016), Verdades Secretas (2015) e Amor à Vida (2013)_, o autor começou a escrever a trama durante uma viagem ao Jalapão.

Conta que lá viu personagens reais que foram colocados na história, como a vidente de Fernanda Montenegro (Mercedes) e a cafetina de Laura Cardoso (Caetana). Outros temas mais fortes ele já tinha na manga (ou na cabeça), como a violência contra mulher. "O número de mulheres espancadas e até assassinadas pelo companheiro é gigantesco. Não estou falando apenas de mulheres de classe baixa, às vezes mulheres de classe média e alta. Esse assunto me toca profundamente. Entrei em contato com uma ONG de Brasília e estudei a questão porque, como eu não sou nenhum espancador, eu queria saber toda a sequência que um homem faz para ir tomando esse poder sobre a mulher", diz o novelista. O lado dramático para quem é portador de nanismo é inédito em novelas. "Eu quis tocar nisso porque, quando eu era criança, minha mãe tinha uma amiga que tinha dois sobrinhos, um menino e uma menina. A menina era anã, e o menino, não. E eu acompanhei a vida dessa menina, que inclusive se casou três vezes, com homens anões e não anões. Comecei a pensar: 'Poxa vida, é difícil ser anão, porque você não consegue usar um banheiro público, por exemplo'", explica Carrasco. Mauro Mendonça Filho, diretor artístico da trama, afirma que tratar de temas fortes em uma novela exige poesia na imagem, na alma e na delicadeza de lidar com esses personagens. "É que nem na Cracolândia, de Verdades Secretas, em que eu busquei um tom poético porque o viciado é um doente.

Mas, mesmo nos temas delicados, temos de ser verossímeis para gerar identificação", conta. Maurinho (como é chamado nos bastidores) diz que violência doméstica é um assunto universal. "Falar de amor, sentimentos, desejos, sonhos, é falar também de frustrações, ciúmes... Qualquer sistema nervoso pode desandar em situações assim, então, é um assunto que interessa e acontece no mundo inteiro." Com mais de um vilão cruel em cena, O Outro Lado do Paraíso tem a chance de emplacar um novo Félix (Mateus Solano, de Amor à Vida) ou Sandra (Flávia Alessandra, de Eta Mundo Bom!). Antagonistas recentes que foram marcantes. "As figuras difíceis são como nós. Todos têm uma dualidade constante, a gente tem figuras linearmente más e outras que erram, o que é diferente. Estamos tentando humanizar esses personagens e diferenciá-los", diz. Sophia tem o perfil da vilã cruel, mas o elenco traz umas incógnitas. Gael (Sergio Guizé) e Lívia (Grazi Massafera) são dois exemplos.

"Gael é um enigma. Tem um comportamento bipolar, que vai da extrema delicadeza a uma agressividade sem controle", comenta o diretor. Já a personagem de Massafera começa como uma jovem carente, que faz de tudo para chamar a atenção, inclusive sexo. Mas, rejeitada e diante da descoberta que não conseguirá realizar o sonho de ser mãe, ela se transformará e demonstrará traços de psicose. Para o diretor, apesar de a trama retratar um mundo masculino e muito machista, a alma feminina é a essência de O Outro Lado do Paraíso. Se o "comandante do barco" teme rejeição por conta do sucesso de A Força do Querer, ele afirma que não. "É muito melhor pegar com sucesso do que pegar lá embaixo. Estou megafeliz. É uma responsabilidade enorme ter o desafio de manter o que Papinha [Rogério Gomes, diretor] e a Gloria [Perez, autora] conseguiram."

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