quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Pai de Sean Goldman nega visita consular solicitada pela família brasileira do menino

Do UOL Notícias /Em São Paulo

O menino Sean mora com o pai, David Goldman (foto), nos EUA desde o final do ano passado
Não sei se Sean está vivo ou morto, diz avó materna .
O pai de Sean, David Goldman, negou uma visita consular solicitada pela família brasileira do menino, segundo informações divulgadas pelo Itamaraty nesta quarta-feira (22). A Embaixada brasileira em Washington pediu ao Departamento de Estado dos EUA que falasse com Goldman sobre a visita, que seria realizada pelo cônsul ou um funcionário do consulado de Nova York.Ainda segundo o Itamaraty, este tipo de visita é comum quando há brasileiros no exterior. O pai de Sean, entretanto, negou o pedido afirmando que enquanto houvesse processos contra ele aqui no Brasil não era de seu interesse que o filho recebesse a visita. A família tinha entrado na Justiça com o pedido.
O caso de Sean mobilizou os governos dos EUA e do Brasil. A guarda do menino era disputada pela família materna do garoto, que é brasileira, e seu pai americano. Sean deixou o Brasil na véspera do Natal do ano passado, depois que uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) determinou que ele fosse entregue ao pai.Segundo reportagem da “Folha de S.Paulo”, desde 22 de junho a avó do menino, Silvana Bianchi, não sabe do neto, que viveu com ela por cinco anos. "Não sei se meu neto está vivo ou morto." Os avós pedem na Justiça americana, sem sucesso, o direito de visitá-lo.Desde que o garoto foi morar em Nova Jersey (EUA), a família materna foi impedida pelo pai de ter contato pessoal com Sean. A avó Silvana Bianchi chegou a viajar para os EUA, mas não conseguiu se encontrar com a criança.
Entenda o caso
Sean, filho de David e da brasileira Bruna Bianchi, nasceu no ano 2000. Quatro anos depois, Bruna voltou ao Brasil com a criança e pediu o divórcio. A Justiça de Nova Jersey entendeu que houve sequestro internacional, o Departamento de Estado norte-americano foi notificado e David entrou com processo no Brasil.Bruna, que se casou novamente, morreu no parto da segunda filha, em 2008. A partir de então, o padrasto e os avós maternos disputaram com David Goldman o direito de viver com o garoto. Em 24 de dezembro de 2009, o Supremo Tribunal Federal decidiu que o menino deveria retornar aos Estados Unidos.
No mesmo dia em que a decisão foi anunciada, a chancelaria norte-americana comemorou o retorno de Sean. "Ofereço meus mais calorosos votos para pai e filho, que celebram as festas de fim ano juntos pela primeira vez em cinco anos", afirmava a nota assinada por Hillary Clinton.

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