O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que professores reprovados por estarem acima do peso podem recorrer da decisão médica. Segundo ele, o exame feito pelo Departamento de Perícia Médica do Estado de São Paulo faz parte do processo de contratação de servidores e avalia "critérios técnicos".
"Se houver erro ou injustiça, é possível corrigir o resultado", disse. Reportagem publicada ontem mostrou que pelo menos cinco professoras foram barradas na avaliação clínica -duas ouviram do médico que estão obesas.
O secretário de Estado da Educação, Herman Voorwald,foto acima, não comentou os casos e afirmou que a perícia é questão da Saúde e da Gestão.
Meu peso nunca afetou meu trabalho, afirma professora
Dando aulas de educação física há oito anos no Estado, Kátia Ramires, 29, afirma que também foi barrada no concurso para contratação de professores da rede estadual de São Paulo por ser obesa. Kátia é professora de educação física da rede há oito anos. Trabalha como professora contratada (sem concurso). Ela também dá aulas na prefeitura desde o ano passado, onde foi aprovada em concurso e passou "ilesa" pela perícia médica. Ela já era obesa mórbida e diz que o peso não a prejudica em nada na realização das atividades. Assim como ela, outras cinco mulheres afirmam ter sido vetadas por causa do peso, conforme informou a Folha ontem. Todas já haviam sido aprovadas em duas provas e feito um curso de formação de professores. Elas foram consideradas "inaptas" pelo Departamento de Perícias Médicas de SP. As professoras afirmam que seus exames estavam normais e duas delas dizem ter ouvido do médico que realizou a perícia que provavelmente seriam reprovadas por causa do peso. Kátia e outro professor que procurou a Folha ontem à tarde, também "inapto", dizem ter ouvido o mesmo do médico.
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