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O Brasil alegou preferir uma solução negociada e pacífica e disse temer que os ataques à Líbia tenham o inesperado resultado de aumentar os confrontos em terra.
Ricardo Moraes-19.mar.11/Reuters | ||
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Dilma Roussef cumprimenta o colega americano, Barack Obama, ao recebê-lo no Palácio do Planalto |
No entanto, no momento em que uma coalizão que inclui os Estados Unidos começou a atacar a infraestrutura do regime líbio, "não houve expressão de mal-estar por parte da senhora Rousseff", segundo Daniel Restrepo, conselheiro de Obama para as Américas. Restrepo disse ainda que Obama e Dilma chegaram a discutir a questão líbia. "Nenhuma inquietação foi expressa por parte de ninguém em relação às diferenças que manifestaram durante a votação no Conselho de Segurança", insistiu o conselheiro.
Segundo a Folha apurou, enquanto os dois presidentes conversavam, um assessor americano entrou na sala com um bilhete. Obama leu e disse que as "providências" teriam de ser tomadas.
Em seguida, explicou a Dilma que o assunto se referia à Líbia e que ele estava dando o apoio para que as forças aliadas abrissem fogo contra as tropas comandadas pelo ditador Muammar Gaddafi.
No Rio de Janeiro, onde chegou na noite de sábado, Obama participou de uma conferência telefônica por linha segura com seu conselheiro de Segurança Nacional, Tom Donilon; a secretária de Estado, Hillary Clinton; o secretário de Defesa, Robert Gates, e o chefe do comando americano para a África, general Carter Ham, entre outros. Na conversa, Obama recebeu uma atualização sobre o desenvolvimento das operações na Líbia por parte de Ham, que coordenou a primeira fase do ataque.
O presidente também abordou "as consultas militares e diplomáticas que ocorrem sobre a situação na Líbia" e agradeceu às forças americanas que participam da operação Aurora da Odisseia.
Obama anunciou no sábado o começo da operação aliada para atacar as defesas antiaéreas líbias e permitir o estabelecimento de uma zona de restrição aérea sobre o país norte-africano.
"Não é algo que os Estados Unidos ou nossos aliados tenhamos buscado", mas o comportamento de Gaddafi, que continua seus ataques contra a cidade rebelde de Benghazi, não deixou outra opção, afirmou.
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