Mães de crianças vítimas do massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, decidiram processar o município. A decisão foi anunciada hoje pela dona de casa Noeli da Silva Rocha, de 38 anos, mãe de Marianna. Muito abalada, ela culpa a direção do colégio por ter permitido a entrada do atirador e ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos. Ele foi até a escola com a justificativa de que iria retirar um histórico escolar, depois entrou em duas salas e matou 12 alunos.
"Descobrirão quem sou da maneira mais radical", diz atirador
Houve uma reunião ontem entre um advogado da área cível e parentes de vítimas do massacre, mas ele não foi localizado pela reportagem - segundo assessores, viajou para o exterior.Especializado na área cível, o advogado Marcelo Fontes, que trabalha no escritório de advocacia Sérgio Bermudes, disse acreditar que o resultado de um eventual pedido de indenização "seria de improcedência". "Toda indenização parte de uma culpa. Terá o colégio sido omisso? Como impedir o ingresso de um ex-aluno? Sou mais apegado à doutrina de que não se pode responsabilizar por atos imprevisíveis, fortuitos, por uma fatalidade", disse Fontes. "Lamento pelas mães, mas a vida em sociedade pressupõe certas coisas. A princípio a escola não teve culpa, não vejo responsabilidade do Estado nesse caso."
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