Ele explicou que as informações contidas no relatório trazido da França apresentam termos técnicos de difícil interpretação pela Procuradoria da República, em Pernambuco, responsável pelo inquérito criminal e que recebeu o documento de mais de 700 páginas. O relatório contém dados fornecidos por sindicatos, pilotos e especialistas. Na próxima segunda-feira (11), Marinho participará de uma reunião em Paris, na qual será discutida a próxima etapa do processo de busca, quando serão tirados do fundo do oceano os corpos localizados na última semana.
BUSCAS
As buscas pelos destroços do voo Rio-Paris da Air France estavam previstas para terminar nesta sexta.
O BEA (Birô de Investigações e Análises) divulgou na segunda-feira (4) as primeiras imagens dos destroços, encontrados no dia anterior. De acordo com o órgão, foram localizados partes do motor, fuselagem, asas e do trem de pouso do Airbus A330-203.
Divulgação/BEA | ||
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Parte do motor do Airbus A330 que fazia o voo 447 da Air France que caiu em 2009 com 228 pessoas |
A ministra francesa dos Transportes, Nathalie Kosciusko-Morizet, confirmou a presença de corpos dentro de uma grande parte da fuselagem. Os trabalhos para o resgate das peças e corpos devem ser iniciados dentro de um mês.
Kosciusko-Morizet afirmou que com o novo achado se espera "localizar rapidamente as caixas-pretas" do Airbus, um dos principais objetivos da missão e fundamentais para esclarecer as causas da tragédia.
"Se não foram destruídas no choque, existem a possibilidade de que funcionem", disse Jean Paul Troadec, diretor do BEA. Ele afirmou que a localização dos destroços também permitirá precisar a trajetória final da aeronave. O BEA lançou no dia 22 de março a quarta fase de buscas para encontrar os destroços do voo 447, e iniciou os trabalhos de campo alguns dias depois. A terceira fase das buscas terminou em maio de 2010, sem sucesso.
Divulgação/WHOI | ||
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Submarino robô Remus, que é usado na quarta operação de buscas pelos destroços do voo AF 447 |
Desta vez, foram usados três submarinos robôs do modelo Remus --dois da fundação americana Waitt e um do instituto alemão Geomar. Com quatro metros de comprimento e pesando 800 kg, ele são capazes de chegar a 4.000 metros. Os destroços foram localizados a uma profundidade de cerca de 3.900 metros ao norte da última posição conhecida do avião. A equipe de buscas é integrada por profissionais do BEA e por pesquisadores americanos do Woods Hole Oceanographic Institution --a maior instituição oceanográfica privada do mundo. A bordo do navio Alucia, que partiu do porto de Suape (PE), eles monitoraram os submarinos e analisaram os dados. As buscas deveriam cobrir uma área de 10 mil km2. De acordo com o birô francês, a operação foi calculada em 12,5 milhões de dólares (R$ 20,2 milhões), pagos pela Airbus e Air France. O resgate das peças será financiado pelo governo francês.
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