José de Souza, que elaborou a nota de contratação de funeral foi meticuloso. Escreveu que Alice Fonseca Hernandes morreu de insuficiência cardíaca, coronariana, miocardioesclerose e insuficiência renal. Descreveu todos os detalhes do sepultamento e do velório, mas não conseguiu fixar um prazo para a remoção: "indeterminado". Por causa da greve no serviço funerário. De acordo com o texto, ao saber da greve e da dificuldade com a remoção, ela até cogitou contratar um carro funerário de outra cidade. Disseram-lhe que não podia por causa da lei que garante a exclusividade do serviço para a autarquia municipal.
Pensou, então, em levar no próprio carro o corpo da mãe ao cemitério da Freguesia do Ó (zona norte), onde fica o jazigo da família. A Vigilância Sanitária não permite.
Marlene Bergamo/Folhapress | ||
![]() | ||
Dentista Vera Lucia Hernandes abraça o corpo da mãe, Alice Fonseca Hernandes, que morreu em um asilo de SP |
Nenhum comentário:
Postar um comentário