Quem comprou secador de viagem da Phillips também precisa trocar o aparelho por conta de um defeito que provoca faíscas e até fogo.
Recall de carro e recall de eletrônicos já foram vistos, mas recall de passaporte é novidade. O passaporte que não funciona e bem quando você está em outro país pode significar dor de cabeça. A dor de cabeça também existe para quem comprou alguns modelos de secador de cabelos da Phillips. Mesmo desligados, eles podem apresentar faíscas e até pegar fogo.Se tem recall, o fabricante reconhece que o produto precisa ser consertado ou substituído. “Em primeiro lugar eles erraram. Geralmente, para fazer um recall, o erro foi grave”, diz a organizadora de eventos Helen de Oliveira.“Eu acho bastante corajoso da empresa que faz isso, eu acho que é uma atitude. Quanto mais transparente, melhor”, opina a economista Sílvia Pinheiro.
Em 2010 foram 77 recalls no país, neste ano, já são 32. Na maioria dos casos, o defeito está nos veículos. “Para mim foi bom, positivo, melhorou a segurança do carro. Foi detectada a peça que tinha problemas”, conta o gerente de contas Cléber Perusito.Mas há produtos bem mais em conta. A fabricante Philips está trocando cinco modelos de secadores de viagem que vinham sendo produzidos desde 2006. A falha está no interruptor do secador. Se o aparelho estiver conectado à rede elétrica, mesmo na posição desligado, pode apresentar faíscas e até fogo. O advogado especializado em direito do consumidor, Danilo Vicari, lembra que recall não tem prazo de validade.
“O produto pode ser consertado a qualquer dia, a qualquer hora, em determinado ano, a partir do momento que foi declarado publicamente no jornal, rede de televisões e revistas o recall daquele determinado produto. A partir daquela data da declaração pública, o consumidor não tem prazo para fazer a troca do produto”, explica o advogado.Agora documentos também estão sendo substituídos. Passaportes feitos pela Casa da Moeda entre 2 de março e 6 de abril de 2011 apresentaram problemas em caracteres de acentuação gravados nos chips do documento. Assim, na hora de fazer a leitura do chip em aeroportos e fronteiras, o nome do portador, por exemplo, pode não bater com o que está escrito no passaporte. Quem foi retirar o documento nesta quarta-feira (15) na Polícia Federal em São Paulo estava apreensivo.“A gente está aqui na expectativa para ver se vai dar certo ou não vamos ver”, comentou uma passageira.
“Recebi por e-mail e no celular: olha, cuidado que o seu pode estar no meio. Falei: só falta isso. Mas aí não teve problema nenhum”, lembrou a advogada Renata Camargo.Dos 11.601 documentos produzidos com erro, cinco mil já foram trocados. A Polícia Federal diz que vai avisar por e-mail ou por telefone os donos dos passaportes que apresentaram falha para fazerem a substituição dos documentos nos locais onde foram emitidos. A Casa da Moeda informou que não haverá custo para quem tiver que trocar o passaporte.
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