Oficialmente, as operadoras não falam do assunto. Nos bastidores, dizem que a Globo está tentando "segurar" ao máximo a tramitação do projeto, porque ele abre a possibilidade de que as operadoras se associem a emissoras de TV para formar um novo programador de canais concorrente da Globosat, maior programadora da América Latina. A Globo nega. "Apoiamos a aprovação do projeto tal como se encontra no Senado", afirma Evandro Guimarães, vice-presidente de relações institucionais das Organizações Globo. Segundo ele, as acusações são infundadas. Em uma carta enviada pelas Organizações Globo ao líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), a que a Folha teve acesso, o grupo afirma que concorda com o projeto desde que "haja compromisso da liderança de que não haverá vetos do Executivo, que de qualquer forma possam mutilá-lo, provocando desequilíbrio nas relações entre produtores e distribuidores de conteúdo".
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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