Alunos matavam aula para consumir droga e fazer sexo em Campo Grande.Adultos também serão responsabilizados por vários crimes, diz delegada.

por grupo (Foto: Hélder Rafael/G1 MS)
A informação foi divulgada, na tarde de quinta-feira (25), em entrevista coletiva, por duas delegadas que cuidam do caso. Outro adolescente, que é suspeito de ameaçar a mãe de uma das crianças que frequentou o local, também deve ser apresentado ao MP.Segundo a polícia, entre as vítimas estão sete meninas e dois meninos com menos de 14 anos de idade. Durante a coletiva foram exibidas camisetas que identificavam o grupo com as inscrições "Experimenta", "Atecubanos" e "Congresso do Bulimento".“Todos frequentavam a casa por livre e espontânea vontade, eles não eram constrangidos. Os parceiros sexuais eram aleatórios e não havia parceiro fixo”, afirmou a delegada Aline Sinott Lopes, da Delegacia Especializada em Atendimento à Infância e Juventude (Deaij). Ela afirmou que a prática de sexo entre os demais adolescentes maiores de 14 anos não caracteriza infração.Com base no depoimento de testemunhas, a Polícia Civil apurou que o grupo criado pelos adolescentes surgiu a partir de outro, denominado “Os Atrevidos”. Apesar de ter sido formado dentro de uma escola estadual, o grupo visava desenvolver danças contemporâneas. “Quando o objetivo desse grupo perdeu a conotação inicial, então a escola o dissolveu. Os próprios jovens se desvirtuaram”, disse Aline.
Envolvimento de adultos
O inquérito também investiga a participação de adultos na corrupção de menores. Eles podem ser indiciados ainda por abandono intelectual, abandono de incapaz e venda de bebida alcoólica para menores de 18 anos.
Regina Siqueira, da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), afirmou que a direção da escola tinha conhecimento prévio das orgias, mas não comunicou o fato às autoridades policiais ou ao Conselho Tutelar. Por conta disso, o diretor da escola estadual será chamado a prestar esclarecimentos à Polícia Civil. “Ele deveria ter acionado a polícia. Vamos encaminhar o procedimento à Vara da Infância, Juventude e do Idoso, e cabe advertência por parte do juizado”, afirma a delegada.
Eles não compreendiam que a conduta era ilícita"
Delegada Aline Sinnott, da Deaij
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