Um levantamento aponta que mais de 60% das escolas estaduais paulistas de ensino básico possuem ao menos uma série com mais estudantes em sala que o recomendado pelo próprio governo de São Paulo. Em 64% delas, há problemas em mais de uma turma. A informação é da reportagem de
Fábio Takahashi publicada na edição desta segunda-feira da
Folha.A reportagem encontrou turmas com mais de dez alunos acima do recomendado. Com isso, estudantes reclamam que são obrigados a ficar apertados, a "caçar" carteiras em outras salas e até a dividir assentos com colegas, pois chegam a faltar carteiras. A situação é mais crítica nos cinco primeiros anos do fundamental, no qual 30% das turmas estão superlotadas. Nessa etapa, São Paulo é a terceira rede estadual com a maior média de alunos por turma do país. O texto aponta que o problema foi agravado porque o Estado não cumpriu as metas de construção de salas. Desde 2008, a recomendação da Secretaria da Educação é que, do primeiro ao quinto ano do fundamental, as salas tenham até 30 alunos; do sexto ao nono ano, 35; e no médio, 40.
| Editoria de Arte/Editoria de Arte/Folhapress | |
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OUTRO LADO
A Secretaria Estadual da Educação de SP reconhece que ainda há muitas escolas com turmas acima do recomendado, mas afirma que a situação tem melhorado. Segundo a pasta, nos últimos quatro anos (gestões Serra e Alckmin), foram abertas 150 mil vagas, num investimento de R$ 383 milhões.
O governo diz que uma das principais dificuldades para reduzir o tamanho das turmas é encontrar terrenos em áreas de proteção ambiental para construção de escolas.
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