Se não for assim, pelo menos deixem em paz os sem-teto que ocuparam prédios na cidade de São Paulo.
Haddad tentou marcar uma posição eleitoral e acabou, na minha visão, cometendo um equívoco e, na prática, justificando a posição daquela minoria radical que nem sequer respeitou a assembleia dos estudantes. Abro, porém, espaço para nota da assessoria do ministro sobre essa coluna, apontando-a como "injusta":
"Quando vistoriava as instalações do Complexo Psiquiátrico do Juquiri, o ministro Fernando Haddad declarou que condenava a ocupação de prédios públicos, inclusive reitorias de universidades. 'Não vejo sentido nesse movimento. Não sei o que se ganha com isso', afirmou Haddad, na ocasião.
Mais à frente, na mesma entrevista, foi perguntado a Haddad o que ele achou da ação policial no campus da Universidade de São Paulo. Foi então que o ministro proferiu a frase: 'Não se pode tratar a USP como a Cracolândia, nem a Cracolândia como a USP'.
Veja: ele não defendeu a ocupação de prédios públicos. Entretanto, chamou a atenção para a 'eficiência da polícia militar' no campus, contra três alunos que faziam uso de maconha, e a complacência das autoridades policiais, em contrapartida, que permitem que duas mil pessoas, no centro de São Paulo, consumam droga, a céu aberto, sem que nenhuma iniciativa policial seja tomada."

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