sábado, 21 de janeiro de 2012

Contra-ataque a fechamento do Megaupload chega ao Brasil e sites do DF ficam fora do ar


Do UOL, em São Paulo
  • O ataque a sites com domínio df.gov.br foi divulgado no Twitter O ataque a sites com domínio df.gov.br foi divulgado no Twitter
O grupo de hackers Anonymous anunciou na madrugada deste sábado (21) que os sites com domínio df.gov.br foram tirados do ar. Às 2h47, os sites listados pelo grupo estavam inacessíveis e, às 4h20, já haviam voltado a funcionar normalmente. Os hackers listaram mais de 100 sites afetados pela invasão ao sistema.Desde quinta-feira (19), quando o FBI (polícia federal norte-americana) bloqueou acesso ao site de compartilhamento de arquivos Megaupload, hackers do grupo Anonymous divulgaram pelo Twitter um ataque aos sites da Universal Music, uma das companhias que acusam o Megaupload de pirataria, e ao site do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, às páginas do FBI, da Riaa (associação das gravadoras dos Estados Unidos) e da MPAA (associação dos estúdios cinematográficos dos EUA). Todas os sites saíram do ar na noite de quinta.O Megaupload tem mais de 150 milhões usuários registrados, 50 milhões de visitantes diários e soma 4% de todo tráfego da internet mundial. De acordo com o FBI, o site “promove a distribuição em massa” de conteúdo protegido por direitos autorais, causando prejuízos de US$ 500 milhões aos seus afiliados.

 



O Megaupload tem mais de 150 milhões usuários registrados, 50 milhões de visitantes diários e soma 4% de todo tráfego da internet mundial. Segundo autoridades, o serviço rendeu a seu fundador, Kim Schmitz (à direita; também chamado de Kim Dotcom), somente em 2011, US$ 42 milhões. O site foi tirado do ar na quinta-feira (19) por ''promover a distribuição em massa'' de conteúdo protegido por direitos autorais. Segundo o FBI, a polícia federal norte-americana, o Megaupload e sites afiliados causam prejuízos de US$ 500 milhões AFP
O fundador do site teve prisão preventiva decretada e a Justiça da Nova Zelândia congelou nesta sexta (20) o equivalente a R$ 15,6 milhões em bens do acusado no país. Quatro das sete suspeitas de operarem o Megaupload e sites relacionados foram detidas na quinta-feira.
Em entrevista ao “New York Times”, Ira P. Rothken, advogado do Megaupload, afirmou que ainda não viu o processo. Ainda assim afirmou: "Obviamente temos preocupações sobre a legalidade desse procedimento. A ação foi tomada sem a realização de uma audiência". Se a página foi realmente tirada do ar dessa forma, teria concretizado a preocupação daqueles que se manifestaram contra o Sopa: a de que um site seja bloqueado no caso de conteúdo pirata, sem que o caso precise de um julgamento.
Em comunicado, o grupo Anonymous afirmou: “A ação contra o Megaupload mostrou que não é necessária uma lei como a Sopa ou sua irmã, a Pipa, para tirar um site do ar.”
De acordo com o "NYT", alguns minutos antes de o site sair do ar, o Megaupload publicou um comunicado informando que não há só conteúdo que viola direitos autorais no serviço. “O fato é que a maioria do tráfego gerado pelo Megaupload é legítimo e nós estamos aqui para ficar. Se a indústria de entretenimento quiser tirar vantagem de nossa popularidade, nós estamos dispostos a iniciar um diálogo. Nós temos algumas boas idéias. Por favor, vamos manter contato.”

Paula Fernandes tem site hackeado por invasor pró-Megaupload

Do UOL, no Rio
  • Paula Fernandes, que teve o site hackeado na madrugada deste sábado (21) Paula Fernandes, que teve o site hackeado na madrugada deste sábado (21)
O site da cantora Paula Fernandes foi hackeado na madrugada deste sábado (21). No lugar da página da cantora, aparece uma mensagem em inglês relacionando o ataque ao Megaupload, site de compartilhamentos de arquivo, retirado do ar por autoridades americanas.
Reprodução
Hacker deixa mensagem pró-Megaupload no site da cantora Paula Fernandes
O fundador do site de downloads Megaupload, Kim Schmitz, detido na Nova Zelândia após ser acusado de pirataria pelas autoridades dos Estados Unidos, será defendido pelo advogado do ex-presidente americano Bill Clinton no caso Monica Lewinsky, Robert Bennett, informou neste sábado a imprensa neozelandesa.
Schmitz, mais conhecido como Kim Dotcom, e outros três diretores do Megaupload comparecerão na próxima segunda-feira a um tribunal da cidade de Auckland que decidirá sobre o pedido de liberdade mediante pagamento de fiança. Após sua detenção, na sexta-feira, o tribunal decretou prisão preventiva para Schmitz e os outros três diretores da empresa. Junto ao alemão Schmitz, que hoje completa 38 anos, também foram postos em prisão preventiva os diretores de mesma nacionalidade Finn Batato e Mathias Ortmann, assim como o holandês Bram van der Kolk. Todos eles foram detidos em operações policiais realizadas em Auckland em resposta a uma requisição feita pelas autoridades americanas, que solicitaram a extradição dos três alemães e do holandês. As autoridades dos EUA tiraram o Megaupload do ar por considerar que o site faz parte de "uma organização delitiva responsável por uma enorme rede de pirataria virtual mundial" que causou mais de US$ 500 milhões em perdas ao transgredir os direitos de propriedade intelectual de companhias. Caso a Justiça da Nova Zelândia conceda a extradição, Schmitz e os outros três detidos enfrentarão nos Estados Unidos acusações por crime organizado, lavagem de dinheiro e violação da lei de direitos de propriedade intelectual internacional. Auxiliada por vários agentes do FBI, a polícia neozelandesa apreendeu na mansão de Schmitz, localizada em Coatesville, vários carros de luxos e obras de arte no total de mais de US$ 6 milhões, assim como diversos documentos e computadores. As autoridades americanas consideram que por meio do Megaupload, que conta com 150 milhões de usuários registrados, e de outras páginas associadas ingressaram cerca de US$ 175 milhões. As autoridades da Nova Zelândia não devem apresentar acusações formais contra o Megaupload, apesar de considerar que a empresa também infringiu as leis sobre propriedade intelectual deste país.

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