sábado, 9 de fevereiro de 2013

Roteirista de 'Lincoln' pede desculpa por '15 segundos' de erro histórico

Filme mostra votos incorretos de Connecticut contra abolição da escravidão. 'História' se difere de 'drama', diz Tony Kushner, indicado ao Oscar 2013.

Da France Presse

O roteirista do filme "Lincoln", um dos favoritos para a premiação do Oscar 2013, com 12 indicações - inclusive pelo roteiro -, se desculpou pelos "15 segundos" de erro histórico no longa. Ele falou depois das reclamações de um legislador do estado de Connecticut, que lamentou a cena em que dois representantes de seu estado votam contra a abolição da escravidão em 1865.

Cena de 'Lincoln', de Steven Spielberg, com ator Daniel Day-Lewis ao centro (Foto: AP Photo/DreamWorks)
O representante de Connecticut, o democrata Joe Courtney, "tem razão quando diz que os quatro membros da delegação de Connecticut votaram pela emenda" que aboliu a escravidão nos Estados Unidos, reconheceu o roteirista Tony Kushner em um comunicado divulgado na sexta-feira (8). "Mudamos o voto de dois membros da delegação e criamos novos nomes das pessoas que depositaram as cédulas na urna para não atribuir esse voto a pessoas reais", explicou. Contudo, o roteirista acrescentou que se desculpa se por acaso "alguém em Connecticut se sentiu insultado por esses 15 segundos de filme, embora o fato de um congressista ter enviado um comunicado à imprensa com o título 'Antes o Oscar...' pareça uma forma excêntrica de manifestar isso". Tony Kushner ressaltou também que o erro não altera em absoluto o sentido do filme, um "drama histórico" que, segundo ele, é preciso diferenciar da História. "Os fatos ocorreram assim? Se a resposta é 'sim', então se trata de História. Se a resposta é 'não', então se trata de um drama histórico", se defendeu Kushner. Em um comunicado publicado nesta sexta-feira, Joe Courtney, disse que estava satisfeito pelo roteirista ter reconhecido seu erro "para que as pessoas não deixem a sala (de cinema) acreditando que os representantes de Connecticut (daquele momento) estavam do lado incorreto da História". No entanto, o legislador pede, de novo, que o erro seja retificado antes da difusão do longa em formato DVD. O filme americano, dirigido por Steven Spielberg, traça um retrato intimista do ex-presidente dos Estados Unidos no momento dos debates sobre a abolição da escravidão. O filme recebeu 12 indicações aos prêmios de Oscar, que serão entregues no dia 24 de fevereiro.

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