Sara Paixão
Direto do Rio de Janeiro
Faz pouco tempo que o personagem Diogo, de Passione, saiu do ar. Mas ainda não saiu de Daniel Boaventura. Como na trama de Silvio de Abreu, em que cantava, o ator-cantor apresenta, sábado (29) no Vivo Rio, o repertório do CD Italiano, feito por sugestão do autor da novela, e de seu primeiro álbum Songs 4 U, com mais de 40 mil cópias vendidas."Fiquei muito nervoso na primeira vez que cantei em italiano. Decidi que só gravaria depois que convencesse alguém nascido lá", confessa ele, que penou mesmo para gravar E Po Che Fa, da qual Nelson Motta fez a versão em português Bem Que Se Quis.
"Essa foi a mais difícil, pois tem termos em napolitano, de pronúncia complicada", entrega. Dificuldade que não foi encontrada pela filha dele, Joana, de 6 anos. "Botei o CD no carro e ela começou a cantar. E pensei: "Não estou acreditando que essa coisinha miúda já sabe o que precisei ouvir 15 vezes antes de cantar", derrete-se.
Com extenso currículo em musicais, Daniel não consegue escolher em qual ofício se realiza mais. "Não dá para dizer o que é mais especial, mas sem querer ser piegas, é uma bênção. No show, quando a música cresce, a banda está no máximo e o pessoal começa a dançar, é o auge. Em Passione, fiz uma cena com a emoção perfeita, a raiva estava na medida. Tudo se encaixou, era um transe", compara.Nascido na Bahia, e depois de gravar clássicos em inglês e italiano, ele descarta a possibilidade de gravar música baiana. "Gosto do que o Axé conquistou, da receita que gera. Ele colocou a Bahia na mídia, amplificou o estado. Axé é um estado de espírito, mas não é do meu temperamento".
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