O gigante de buscas é acusado, na Comissão Europeia, de impedir que determinados sites tenham acesso ao seu cobiçado serviço de publicidade
Redação Época, com Agência EFE
A empresa francesa 1plusV, proprietária de vários sites de busca na internet, apresentou uma segunda denúncia por concorrência desleal perante a Comissão Europeia (órgão executivo da União Europeia) contra a gigante Google. Mais uma vez, o tema da polêmica é o serviço de publicidade da companhia americana.O diretor da 1plusV, Bruno Guillard, afirmou em entrevista coletiva em Bruxelas que o endereço Google obriga os sites de busca independentes e especializados em um tema – que buscam em um número limitado de endereços – a utilizarem sua tecnologia para poder acessar seu serviço de publicidade. De acordo com a 1plusV, desta forma, os sites independentes que usarem outra tecnologia diferente da usada pelo Google não conseguem sobreviver porque não têm acesso aos anunciantes. Atualmente, a Comissão já investiga a empresa Google por práticas de monopólio e de discriminação a seus concorrentes. Guillard afirmou que esta segunda denúncia apresenta "novas evidências" dos "abusos de posição dominante" do site Google para seus concorrentes. Além disso, a 1plusV acusou o Google de potenciar seus próprios endereços de busca, como o Google Vídeos e o Google News – os incluindo nos resultados na busca embora não cumpram os requisitos. A empresa francesa garantiu que o Google ignora as indicações de algumas páginas de não aparecer nos motores de busca, o que classifica o procurador em uma posição de privilégio em relação a seus concorrentes, que respeitam as exigências dos sites. Assim, na opinião da 1plusV, em 2010 a Google oferecia "ilegalmente" referências de algumas páginas pertencentes a instituições tanto privadas como públicas, como o Senado francês e o portal cultural da União Europeia, Europeana, que explicitamente tinham assinalado que não queriam aparecer em buscadores. A Comissão negou há duas semanas que esteja em conversas com Google para fechar a investigação aberta no ano passado em Bruxelas, perante as denúncias de um suposto caso de abuso de posição dominante por parte do procurador. Por sua parte, o porta-voz do Google em Bruxelas, Alistair Verney, explicou à Agência Efe que sua empresa está "trabalhando" com a Comissão Europeia "para explicar diferentes partes de nosso negócio".
No Brasil
Empresa pretende contratar mais 125 profissionais de áreas como publicidade e tecnologia no país
Bruno Ferrari
O Google anunciou oficialmente nesta quarta-feira (23) Fabio Coelho, ex-presidente do portal iG, como o novo presidente da empresa no Brasil. O anúncio foi feito na sede do Google, em São Paulo, pelo vice-presidente do Google para as Américas, Dennis Woodside.
A informação já havia sido dada na terça-feira (22) no Twitter do jornalista Caio Tulio Costa, também ex-presidente do iG. A confirmação só veio nesta quarta. Coelho já foi apresentado aos funcionários do Google e começa o trabalho no primeiro dia de março.Segundo Woodside, o processo de seleção para um novo diretor geral para o Brasil começou em setembro do ano passado, com a saída de Alex Dias, último a ocupar o cargo. "Fabio mostrou-se o mais interessado e empolgado com o mercado de internet", afirma Woodside.
Fabio Coelho passou por empresas como Citibank e AT&T. Ele ocupava o cargo de presidente do iG há 18 meses. Pedro Ripper, vice-presidente de tecnologia da Oi, assumirá o cargo deixado por Coelho. O Google continua sem um executivo principal para a América Latina. No início do mês, o brasileiro Alexandre Hohagen deixou o cargo no Google para assumir o mesmo posto no Facebook. A rede social de Mark Zuckerberg já resgistrou seu escritório em São Paulo e deverá começar sua operação em breve. "Estamos buscando uma pessoa dentro ou fora da empresa", afirma Woodside.
Vagas abertas no Google
Aos profissionais de publicidade e tecnologia que sonham em trabalhar no Google, as notícias são boas. O Google pretende aumentar em 50% seu time no Brasil, onde tem 250 vagas. "Tivemos um crescimento de 80% no último ano. Estamos atrás de novos talentos", diz o executivo. O crescimento local é bastante superior ao do resto do mundo, que foi de 27% em 2010. Woodside conta que o perfil de contratações é variado. O Google costuma selecionar de recém-formados a profissionais experientes de áreas como publicidade e mídia. O executivo dá a dica para quem pretende se candidatar a uma vaga. "Procuramos pessoas que são naturalmente curiosas sobre tecnologia. Que são um pouco idealistas sobre o futuro da internet", diz.
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