Autoridades mexicanas estão investigando como um médico conseguiu permissão para entrar em um presídio para aplicar injeções de botox em Sandra Ávila Beltrán, presa desde 2007, acusada de envolvimento com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. O incidente resultou na demissão da diretora da principal penitenciária feminina da capital mexicana e da coordenadora da área médica da instituição, que teriam permitido que um cirurgião plástico administrasse o tratamento de beleza no local.
"A entrada do doutor foi autorizada pela pessoa responsável pela área médica (do presídio), violando todos os procedimentos. O objetivo era realizar um tratamento terapêutico não permitido para detentos", disse uma declaração divulgada pela Subsecretaria do Sistema Penitenciário da Cidade do México. Fontes da subsecretaria teriam afirmado à imprensa local que o tratamento consistia de injeções de botox no rosto, aplicadas ao longo de várias horas, e que havia planos de realizar também uma lipoaspiração dentro do presídio. A presidiária também usaria roupas que fogem da regulamentação das penitenciárias, como óculos escuros e salto alto.
RAINHA DO PACÍFICO
Beltrán, também conhecida como "Rainha do Pacífico", é acusada de ser uma das líderes de um grande cartel de drogas mexicano, o Sinaloa, mas ela foi inocentada em dezembro do ano passado e aguarda na prisão o resultado das apelações da promotoria. O governo americano está tentando a extradição de Beltrán para que ela enfrente acusações relacionadas à apreensão de nove toneladas de cocaína encontradas em um barco, no México, em 2001, que teriam os EUA como destino. A presidiária de 50 anos se diz inocente e alega ganhar a vida com o aluguel de imóveis e a venda de roupas.
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