Sabrina e "CQC" tentam tirar uma lasquinha de Adriano

FOLHA/DE SÃO PAULO

Apelidado de Imperador durante sua passagem pela Inter de Milão, o atacante Adriano ganhou uma coroa da apresentadora Sabrina Sato, da RedeTV!.

No entanto, apesar da insistência da apresentadora do "Pânico na TV", o jogador não quis colocar o presente na cabeça. Ela inclusive pediu ajuda do presidente corintiano, Andres Sanchez, que apoiou a decisão do atacante. A apresentadora, que também é musa da bateria da escola de samba Gaviões da Fiel, perguntou ainda se Adriano já tinha definido o local onde vai morar em São Paulo e aconselhou, em forma de ironia, a Vila Madalena, bairro boêmio da capital paulista. "Ainda não tenho lugar para morar. Ainda não vi onde vou morar", disse Adriano, com um leve sorriso sem graça.
Quando acertou com o Corinthians, Ronaldo também demorou para definir onde iria morar. Os imóveis nos bairros cogitados pelo Fenômeno inclusive sofreram uma inflação.
COMANDO VERMELHO
Depois de Sabrina, quem fez a pergunta foi o repórter Felipe Andreoli, do "CQC", da Band, que perguntou sobre uma foto publicada na imprensa do Rio, em junho do ano passado, na qual ele faria apologia à organização Comando Vermelho.
"O 'CV' que você mostra era prevendo o futuro, querendo dizer 'Corinthians, minha vida'?", ironizou o jornalista.
Adriano esboçou um sorriso, mas logo cortou para a próxima pergunta. Em depoimento à polícia, em 2010, devido à repercussão sobre o assunto, Adriano afirmou ter sacado R$ 60 mil de sua conta bancária, em dezembro, e entregue "à comunidade" da Vila Cruzeiro para a compra de cestas básicas que há sete anos ele distribui no Natal a moradores do bairro, onde morou na infância. Ele negou que o dinheiro foi dado a traficantes. Segundo a Polícia Civil, a escuta telefônica autorizada pela Justiça indicava que o dinheiro havia sido entregue a Fabiano Atanásio da Silva, o FB, líder do Comando Vermelho (CV) e suposto autor da ordem de ataque ao helicóptero da Polícia Militar derrubado em outubro na zona norte.
O delegado Luiz Alberto Andrade disse que Adriano, que depôs por 40 minutos, foi "convincente" e que não via motivos para indiciá-lo.